sábado, 20 de julho de 2013

Espionagem Internacional



Espionagem Internacional

Por José Calvino


Nos anos 50, eu, o meu irmão Maviael (falecido) e Azambujanra, éramos praticantes de telegrafia na então estação da Great Western. Aprendemos telegrafia com o meu pai, que era chefe da referida Estação.

Quem foi profissional da arte da comunicação da velha telegrafia, principalmente os que possuem o certificado de radiotelegrafista de 1ª Classe, sabem dos Regulamentos de radiocomunicação internacional, assim como a legislação nacional sobre os mesmos serviços, compreendendo regras aplicáveis à permuta das comunicações, radioeletricidade, disposições sobre a segurança da vida humana... Geografia geral, sobretudo das principais vias de comunicações radiotelegráficas... O Governo impõe ao seu portador a obrigação de guardar o sigilo das comunicações e de cumprir fielmente as determinações regulamentares em vigor e as da legislação radiotelegráfica internacional.

Eu e Azambujanra (um dos melhores radiotelegrafistas do mundo) somos suspeitos em falar sobre radiotelegrafia, pois nós sentimos com a despedida do invento, que ocorreu através da televisão. Foi um adeus pobre, frio e mais que breve. O incrível computador disse ao Morse: “Vai-te embora, ninguém mais precisa de ti. Fizeram-me tomar o teu lugar. Sou eu, agora, o mágico da comunicação. Adeus e boa viagem”. Isso aconteceu à noite de 31 de dezembro de 1997, numa cena rápida (sic). Desde então, sempre  nos comunicamos, como sinônimos, através do código Morse em criptogramas e cifras.

Ultimamente há denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), monitorou, na última década, milhões de telefonemas e a correspondência eletrônica de várias pessoas residentes ou em visita no País. Aqui no Brasil, um tempo desses, utilizavam abusivamente comunicação telefônica dirigida a terceiros. A meu ver, se continuam, isto tudo é um ato contrário aos direitos humanos.

A  perspicácia de Azambujanra  sobre as denúncias de espionagem de agências americanas a cidadãos e autoridades brasileiras é, como ele já sugeriu, que decifrar uma mensagem não é tarefa fácil para quem não possua a chave do código em que foi escrita. E para conhecimento dos leitores se comunicamos dessa forma pela internet, será que o serviço secreto de espionagem  irá observar secretamente informações? Fica aqui a nossa sugestão para os representantes dos ministérios da Justiça, da Defesa, das Relações Exteriores e de Ciência e Tecnologia, além do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.


Na foto o autor na Sala Telegráfica Corpo Santo (CS), ano/1964 (foto de Alcindo de Souza). 



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