sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Olho na Presidenta III




Olho na Presidenta III

Por José Calvino


Dilma Vana Rousseff (PT), a primeira mulher a ser eleita presidente da República. Apoiada por Lula, esteve nos mais de sete anos de governo do presidente, primeiro como ministra de Minas e Energia e, a partir de 2005, como chefe da Casa Civil. Dilma defendeu posição desenvolvimentista, o que gerou atritos com a equipe econômica e a área ambiental do governo.

Dilma deveria ter ficado atenta à trajetória dos políticos, porque suas alianças comprometeram, e muito, o futuro em prol do social.

O Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Governo do Estado de Pernambuco estavam executando os serviços de pavimentação e drenagem nas ruas Maria Augusta de Souza, Lauro de Souza, União dos Palmares e Maracajá, no bairro de Campo Grande, Recife, sob a coordenação da Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB). Acontece que, as referidas obras estão paradas . Dilma Rousseff foi eleita presidenta da República. O PAC Lula a escolheu para gerenciá-lo, mas será que a CEHAB juntamente com o Governo do Estado darão continuidade às obras? Cadê os milhões de reais, isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos federal, estadual e municipal gastaram? Estamos no final do ano (2015) e, até agora permanecem caladinhos!

Eu só vejo o nome de Dilma como alvo de discussão e muitos indo na onda dos politiqueiros que querem pegar carona na crise  com a queda da presidenta.

Enfim, mais uma vez, termino esta crônica com a poesia intitulada “Olho na Inflação”:

A inflação sempre andou solta
Lembro do corte dos três zeros...
Assim, ficou cruzado novo
Mas, o confisco foi horrível e colorido.

Dizem que a corrupção anda solta
Que o conto de réis foi bom
E o cruzeiro antigo, também
E eu não tinha um vintém.

O povo fala na carestia
Os poderosos na hipocrisia
Só escritores podem sentir esse carnaval:
Pobreza, miséria... o “escambau”!

Porém, em função da inflação
O real o povo quer
E os ricos que diabo são?




quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Lava Jato II


Lava Jato II

Por José Calvino


Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff euforicamente demonstrou muito otimismo sobre as conseqüências das investigações da Polícia Federal na operação Lava Jato. A presidenta disse que a mudança seria no sentido de que iria acabar com a impunidade que vem acontecendo há muito tempo no país, ressaltando:“A questão da Petrobras é simbólica para o Brasil. Acho que é a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos”. Realmente é verdade, mas, ao meu ver após  as investigações policiais, ela mostrará mais eficiência se for rápida na execução das penas cabíveis (como já vem acontecendo). Destaco ainda a relevância de se acelerar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 300-A de 2008, que trata da unificação das polícias em todos estados do Brasil.

Outrossim, para o conhecimento dos brasileiros e brasileiras é bom relembrar que a minha amiga Dilma Carrasqueira, que vem acompanhando as minhas denúncias através da imprensa, sobretudo pelos jornais referentes à paralisação das obras do PAC me disse que em 2011 a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) deixou de realizar  algumas obras do bairro de Campo Grande-Recife e que as mesmas  não foram concluídas porque o projeto foi readequado estando em análise na Caixa. Cadê os milhões de reais, isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos federal, estadual e municipal gastaram? Um representante da Cehab disse em entrevista na TV que tudo estaria concluído naquele ano. Mas, em 2013, a Assessoria de Imprensa da Cehab informou que estava em andamento, com conclusão prevista para setembro de 2014. As eleições passaram, a equipe social do governo informou que a demora na conclusão foi devida à falta de matéria prima no País.
Ora, isto tudo sugere o que? Como o ex-governador Eduardo Campos, que já foi envolvido no Escândalo dos Precatórios, no governo Arraes, e foi um curinga no jogo da sucessão presidencial, morreu após acidente de aviação em Santos..., pode ter recebido também R$ 10 milhões do esquema de desvio de dinheiro na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, segundo a reportagem da Folha de São Paulo de 03/03/2015. O dinheiro que teria sido pago ao ex-governador entre os anos 2010/2011, seria parte de uma propina de R$ 30 milhões que a Odebrecht teria pago... Para conclusão, as obras (sic) foram paralisadas pela crise na Petrobras com as denúncias da Lava Jato. Proponho uma nova operação, desta feita  com a polícia unificada, podendo chamá-la de  “Pente Fino” ou mesmo continuar no Lava Jato.  




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Final de semana




         Fotos: Elaine Bezerra & Francielly Karine

Mais um final de semana maravilhoso: Oh!Linda cidade (Olinda, um lindo visual quando visto de cima dos morros). A praia em alguns trechos  de pedras de contenção do calçadão e com um tímido espaço de areia!!!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Macarronada à Brigadeiro


Macarronada à Brigadeiro

Por José Calvino

“ Uma colher de sopa de chocolate 'dos padres' (os consumidores batizaram porque a embalagem reproduzia um detalhe da tela do pintor Alssandro Sani, retratando dois monges católicos sorridentes); 1 lata de leite Moça (porque na embalagem havia a figura de uma vendedora de leite, aliás que permanece até hoje); Manteiga nas mãos para não grudar; Leva ao fogo em caçarola, sempre mexendo e retira do fogo deixando esfriar fazendo bolinhas e passando confeitos nas miçangas brancas e coloca nas forminhas de papel.”

A receita de brigadeiro acima encontrada no baú de lembranças de minha esposa Maura Correia é, e sempre será, uma das paixões nacionais pelos doces, herdada dos portugueses. Existem diversas versões, mas por que o nome do docinho é “Brigadeiro”?
Algumas pesquisadas apontam que: “O doce teria sido inventado no Rio Grande do Sul. Até hoje, lá é o único Estado (sic) que ainda chama o brigadeiro de negrinho. O mesmo foi promovido  a brigadeiro em 1945, quando o militar e político Eduardo Gomes (1896-1981) disputou com Eurico Gaspar Dutra a Presidência da República, sendo derrotado nas votações. Voltou a disputar a presidência, em 1950, perdendo novamente a eleição para o caudilho gaúcho Getúlio Vargas. No seu slogan editorial, dizia: ‘Vote no brigadeiro, que é bonito e solteiro’, mas, não obteve os votos satisfatórios para a vitória, mesmo  tendo fascinado as brasileiras. As cariocas por exemplo, lideradas por  uma jovem de nome Heloisa Nabuco, pertencente a uma tradicional família do Rio de Janeiro, fez tudo para homenagear o amigo. Elas  faziam campanha política com os ‘negrinhos’, vendendo-os pelo nome de ‘brigadeiro’, em benefício do fundo de campanha...”

Bem, caros leitores,vamos deixar os deliciosos docinhos pra lá. A frase que dá o título a esta crônica é óbvia, até porque me lembro bem dos meus velhos tempos de estudante (anos 50/60), quando os alunos e boêmios do Recife, no final das aulas e das farras, pediam nos botecos a inesquecível Macarronada à Cavalo, servida no prato um macarrão branco, tendo por cima dois ovos fritos e molho de tomate. Quando a gente estava com pouco dinheiro, pedíamos a iguaria, com a diferença de que naquela condição financeira o que vinha por cima do macarrão era apenas um ovo. Os anarquistas e adversários políticos do brigadeiro Eduardo Gomes logo arrumaram um jeito de parodiar a situação e diziam comparando que, em 1922, durante a revolta dos 18 do Forte de Copacabana, um tiro havia atingido os seus testículos, ficando o mesmo com um só ovo. Por isso a macarronada ficou conhecida pelo nome: Macarronada à Brigadeiro.



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mangue II*


Mangue II* 

Por José Calvino 


“(Lá no mar)
Vi dois siri jogando bola
(Lá no mar)
Vi dois siri bola jogar...”
( Luiz Gonzaga – Zé Dantas)

Azambujanra é um amigão. Bom, mesmo. Deixou de beber e fumar, mas a casa dele em Olinda vive na maior tranqüilidade, próxima ao Espaço Ciência, localizado no Complexo de Salgadinho, Parque Memorial Arcoverde, em Olinda. Antes, vivia cheia de “amigos”, como já cantava Nelson Gonçalves: “Amigo, palavra fácil de pronunciar. Amigo coisa difícil de se encontrar...” Azambujanra sempre foi um defensor ferrenho dos manguezais. Colaborou com o meu CD, Miscelânea Recife (mistura do que existe para presente e futuro), composto por trinta e um itens, entre Abertura, historietas, poesias, crônicas, personagens folclóricas e músicas, com produção executiva, direção, execução dos equipamentos (computadores e teclados) confecção do CD e projeto gráfico de meu filho, Euclides de Andrade Lima.

Bem, preciso voltar ao assunto novamente, agora pra mostrar que Azambujanra é um artista com as mãos (sobretudo os dedos), de um artesão solitário, com muito amor, com a paciência e dedicação à produção de caranguejos, amoré, aratu, siri, chié e muitas espécies de aves que são habitantes temporárias dos manguezais. Os guarás, as garças, maçaricos... tudo, enfim, feito de garrafas plásticas, tampas de garrafa, palitos de picolé (arte & reciclagem), todos esculpidos à mão. De repente surge um piquenique, vindo da Praia Mangue Seco, Igarassu em direção ao Morro da Conceição, bairro de Casa Amarela, Recife. Houve engarrafamento na subida do Morro, um caos. Igualmente quando foi apresentado ao público o meu CD, Miscelânea Recife (mistura do que existe para presente e futuro). Azambujanra, sou grato pela sua atenção e a quem interessar possa, permita-me:

Mangue*

Ouvi dois caranguejos/ Cantando no mangue/ No brejo perto do Chupa e do mar: Mangue, mangue,/ Mangue, mangue,/ Mangue, mangar/ Mangão, você?/

Está vegetando, destruindo a flora/ E a fauna dos mangues./ E ainda por cima mangando da gente!/ Mangue, mangue mais/ Animal racional. Chupa, chupa... Humanidade// A draga chupa, chupa.../ Sem parar/ Chico Ciência ainda vive/

No nosso coração/ Defendendo os animaizinhos/ Que vivem nos mangues/ Irracionalmente// Animalzinho irracional/ Sofrendo com decisões irracionais/ Dos racionais.//Aterrando os mangues!/ A draga chupando/ Mangue, mangue... (Bis) Na década de 50/ Existia meios para os pobres sobreviverem/ Vários lugares foram aterrados: Santo Amaro, Coque, Campo Grande...

Mangue, mangue... (Bis)

* Em homenagem a ‘Chico Science’ – Lembrança da Semana do Manguezal – Espaço Ciência, Parque Memorial Arcoverde, Olinda, 13/14/out/1997 – p. 72 do livro “O Pai do Chupa”, edição 1995.
Gravado em CD "Miscelânea Recife", item 29 "Mangue" – fev/mar/2003.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Amor boêmio


                     Paris-França, agosto 1997.

                Foto do francês François Poivret.

 

 

Amor boêmio*


Por José Calvino

 

 

Franci, de pele morena,

Sorria alegre como sempre

Lembrando dos nossos corpos nus

Saciando os nossos desejos, morena.

 

Franci, viver contente a vida inteira

O teu cheiro está impregnado

No meu corpo, morena!

Tu és divertida e gosto do teu jeito de ser.

 

Franci, fico com saudade

Dos beijos que  dei em tua boca

Incorporar-te na linda francesa?

O melhor da vida é o amor.

 

Franci, só você está conseguindo

Me tirar desta vida  de boemia

- Importante é o nosso amor, meu bobo.

Fica tão engraçada me chamando de bobo.



Obs.: O nome Franci é para meninas, originado da cultura Latino, Franci significa de França.

  

 

 

*A palavra Boêmio, na França, é uma invenção do americano David Brooks, comentarista político e cultural do The New York Times (sic). É muito utilizada na mídia e é muito relacionada aos moradores de Paris. Ela significa O Burguês-Boêmio, dito o “Bobo”. A palavra vem da contração de duas palavras (Bourgeois-Bohème).

 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Piquenique Praia Vermelha-PB









O autor fazendo piquenique do Morro de Nossa Senhora da Conceição (Recife-PE) a praia Vermelha – João Pessoa-PB. Domingo, 08/Nov/2015.
Foto: Elaine Bezerra.


terça-feira, 3 de novembro de 2015

A presidenta Negra


A presidenta Negra

Por José Calvino
                                                                    

“Salário digno”

Tal qual meu pai,
telegrafista ferroviário
manipulava o telégrafo
pelo brilhante trabalho
fazendo tudo honestamente.
Mas, vergonhosamente o salário é mínimo(1)
e se os elogios de todos são hipócritas
prefiro o salário digno
com sublimidade da virtude
abandonando o orgulho, como o meu pai
que era chefe de estação ferroviária
e morreu sem deixar um alicate.

(1)O salário mínimo foi criado pelo ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas em 1940.


Vejo os pedidos de impeachment contra a presidenta Negra. A presidenta do Brasil Dilma Rousseff, que, segundo o jornal The New York Times publicou em editorial, causaria sérios danos à democracia brasileira, que se fortaleceu notavelmente nos últimos trinta anos. Como seu governo ainda está sendo analisado como “ruim” de acordo com levantamento produzido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNT), eu tenho certeza que se a presidenta  enviasse urgentemente ao Congresso a política de valorização para os trabalhadores que ganham o  salário mínimo, conforme a poesia acima, seu ato serviria como uma alerta para os governos democráticos do mundo. A presidenta discursou: “Eu tenho orgulho de ser Negra e ter o mesmo nome. Tenho consciência do valor e da riqueza cultural da raça negra, sem preconceito de raça, cor ou credo do Direito Internacional dos Direitos Humanos que foi constituído pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (assinada pelo Brasil em 1948). Como já dizia o grande líder Martin Luther King: “ O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.”

- É um verdadeiro preconceito a opção dos “ricos”, que discutem política com relação ao futuro do País. – disse Azambujanra.

- Assim é a cara de alguns bares no Recife e Olinda. Ponto de encontro da nossa classe média, em ambientes sofisticados, com preços inacessíveis à ingente maioria da classe proletária brasileira. Um point caracterizado pela freqüência dos metidos a merda (como se merda fosse uma grande coisa) e politiqueiros da pior espécie, que apenas de muito longe conhecem os reais problemas nacionais. Os sofisticados coquetéis e um derrame de um bom malte escocês retratam com nitidez toda essa alienação coletiva.

- Se Dilma fosse negra iam dizer que é preconceito racial?

- O preconceito social é mais significativo no Brasil do que o preconceito de raça ou de cor.

Em termos de um Brasil democrático, concluo com esta crônica em forma de poesia,  intitulada “Olho na Inflação”:

A inflação sempre andou solta
Lembro do corte dos três zeros...
Assim, ficou cruzado novo
Mas, o confisco foi horrível e colorido.

Dizem que a corrupção anda solta
Que o conto de réis foi bom
E o cruzeiro antigo, também
E eu não tinha um vintém.

O povo fala na carestia
Os poderosos na hipocrisia
Só escritores podem sentir esse carnaval:
Pobreza, miséria... o “escambau”!

Porém, em função da inflação
O real o povo quer
E os ricos que diabo são?

Obs.: O segundo e terceiro versos da primeira estrofe: “Olho na Inflação”, se refere a inflação dos tempos de Sarney  (Plano Cruzado II - em 1986). O quarto verso,  refere-se ao confisco do Plano Collor (1990-1992) que foi tecnicamente equivocado, injusto e imoral!!! 



segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Petrolina e os Coelho II

domingo, 1 de novembro de 2015

Show do Roberto Carlos, Olinda-PE




Foto: Maura Correia (esposa), Nazaré e Maurivina (cunhada).

Show do Roberto Carlos, 24/10/2015 (Centro de Convenções) - Olinda-PE.