Fotos: Eglantine Mendes
Sambão
no Morro
Por
José Calvino
“Quero que o sol
Não invada o meu caixão
Para a minha pobre alma
Não morrer de insolação
Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...”
Não invada o meu caixão
Para a minha pobre alma
Não morrer de insolação
Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...”
A composição
acima “Fita Amarela”, de Noel Rosa, foi cantada por Karynna Spinelli, domingo (24/07),
comemorando a volta ao seu lugar de origem, no Morro da Conceição (Zona Norte
do Recife). No Recanto da Sofia e no de Tamyres, as sambistas Sevi, Mhayara, Juliana, Jacqueline, Janayna com o seu filho Zé Pedro, que fazem parte do Grupo Samba do Morro,
sambaram diversos sambas de roda. A comunidade do Morro está contentíssima com a
volta dos eventos que acontecia sempre, trazendo benefícios para a comunidade,
gerando emprego indireto e atraindo turistas até do exterior. No Bar da Geralda,
houve um show relâmpago... Mas, aí já é outra história.
Já
eram quase treze horas, quando fomos prestigiar o Clube do Samba do Recife,
evento artístico-social organizado pela cantora pernambucana Karynna Spinelli,
que voltará a reunir todos últimos domingos de cada mês, fãs do samba de
raiz para uma tarde dedicada ao ritmo. São cinco horas de festa, sempre a
partir do meio-dia às dezessete horas, na quadra da Praça D. Odete Gomes de
Almeida do Morro da Conceição. Karynna Spinelli, que ganhou o Brasil com o
samba de raiz, agradeceu os aplausos merecidos do público em sua performance
magnífica.
Finalizamos com um parabéns pra sambistamiga pelo seu
sucesso, sempre no ritmo do samba. Enfim, termino esta crônica com as letras do “Maracatu
Barco Virado”:
Olha que batuque, minhagente,
eu quero mostrar,
é o Barco Virado,
pra todo mundo dançar.
Dança preto e dança branco,
no Maracatu da Mata,
já dançavam os escravos,
sob o som dos atabaques.
O Maracatu no Paço,
ao paço pela tarde,
os reis vão assistir,
o rítmico do passo...
a alma negra está em nós,
o espírito da liberdade,
o batuque no terreiro,
este samba é de nós.
Dança, dança, minha gente,
hoje não há mais escravos,
e vamos sambar,
eu quero é sambar,
eu quero é sambar...
eu quero mostrar,
é o Barco Virado,
pra todo mundo dançar.
Dança preto e dança branco,
no Maracatu da Mata,
já dançavam os escravos,
sob o som dos atabaques.
O Maracatu no Paço,
ao paço pela tarde,
os reis vão assistir,
o rítmico do passo...
a alma negra está em nós,
o espírito da liberdade,
o batuque no terreiro,
este samba é de nós.
Dança, dança, minha gente,
hoje não há mais escravos,
e vamos sambar,
eu quero é sambar,
eu quero é sambar...
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