quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fisionomia de Jesus



Fisionomia de Jesus 

Por José Calvino 



Tenho recebido vários telefonemas dos leitores pedindo que fale sobre Jesus Cristo. Então resolvi transcrever, em resumo, um depoimento sobre a expressão fisionômica de Jesus através de uma carta escrita pelo senador Públio Lentulus na Judéia ao César romano, Tibério César, imperador de 14 a 37, que se refere a Jesus Cristo, que naquela época nas terras da Palestina, principiava as suas prédicas.
“Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te: há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, Criador do céu e da terra. Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas palavras, Ele ressuscita os mortos, cura doentes e surpreende toda Jerusalém. Belo e de aspecto insinuante, é uma figura tão majestosa, que todos o amam irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice e ao mesmo tempo tal dignidade que ao olhar-se para Ele cada qual se sente obrigado a amá-lo e a temê-lo ao mesmo tempo. O cabelo dele, até a altura das orelhas, é da cor das searas quando maduras, e daí até aos ombros é loiro muito claro e brilhante. É apartado ao meio por uma risca ao uso dos nazarenos. A barba é da cor do cabelo e não muito larga e também dividida ao meio. O olhar é profundo e grave; as pupilas parecem os raios do sol. Ninguém pode fitar-lhe o rosto deslumbrante. Ele é o mais belo homem que imaginar se pode e muito semelhante à sua mãe, a mais formosa figura de mulher que até hoje apareceu nesta terra. As mãos e os braços são duma grande beleza. Faz-se amigo de todos e mostra-se alegre. Quando repreende, apavora. Quando adverte, chora. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora (...). Nunca estudou, mas é senhor de todas as ciências. Anda com a cabeça descoberta e quase descalço (...) Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também muitos o acusam a mim, dizendo, ó César, que Ele é contra tua Majestade, porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus...”.

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