Só com paciência de Jô
Por José Calvino
Em um país onde as
oportunidades são raras, ser escritor é um privilégio para poucos, aliás, fazer
aquilo de que se gosta não é fácil. As dificuldades nos obrigam a sair
divulgando, como bem disse o nosso querido Pedro: “ A Literatura brasileira – a
despeito das dificuldades que nossos escritores encontram para desenvolver suas
atividades e que são de desanimar o mais paciente dos pacientes, provavelmente
até o patriarca bíblico Jó – (Editorial do Literário, de 22/05/12)”. Realmente,
essa é uma paciência só mesmo atribuída a Jó. Mas, existem também os que, por
sua posição no universo social ou algum
conhecimento com figuras do meio
literário, conseguem (raramente) um “padrinho forte” e aí é quando alcançam a edição desejada com “sucesso” na
chamada “noite de autógrafos”. Depois, ... são outros quinhentos.
Pergunta-se se há mercado para os autores
da terra. Hummmm...
Chegar onde estou chegando é uma luta. Já
divulguei (pra não dizer vender) os meus livros a bêbados, freqüentadores do famoso,
fétido e querido Beco da Fome. Fico até sem palavras, vibrando com o otimismo e
garra do Pedro, fazendo com que, através do Literário vem trazendo à baila
textos de diversos escritores, prestigiando o que de melhor o País tem, et
cétera, et cétera. Peço agora licença para transcrever o timaço que o Pedro
divulgou: “(...) O décimo brasileiro a conquistar o Prêmio Camões, o da edição
de 2012, foi o curitibano Dalton Trevisan. Ele vem se juntar a um grupo
seletíssimo composto por João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz
(1993), Jorge Amado (1994), Antônio Cândido de Mello e Souza (1998), Autran
Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo
Ribeiro (2008) e Ferreira Gullar (2010).”
Aproveitando o ensejo, encerro esta crônica
lembrando o Editorial publicado em 24 de setembro de 2011, que enalteceu o Estado de Pernambuco, mencionando
conterrâneos e homens de letras de
Pernambuco.
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