terça-feira, 11 de abril de 2017

Casa Amarela



 Casa Amarela

Por José Calvino




No passado,  Casa Amarela era considerada o bairro mais populoso do Recife, mas, lembro-me bem como a minha Casa Amarela era tranquila e animada! Com a reestruturação política, em 1988, o saudoso bairro perdeu toda sua área de morros..., exceto o Alto de Santa Isabel, acredito ser por  sua padroeira (vide (1)* “Casa Amarela”- III estrofe), enquanto os demais foram elevados à categoria de bairros. Sobretudo, destaco o Morro da Conceição e Alto José do Pinho, que sempre eclodiram em efervescência cultural. São movimentos independentes, verdadeiras riquezas culturais, com a participação de alguns de seus habitantes. Sem apoio dos órgãos competentes aos eventos locais, como consta nas crônicas, livros (livretes), CD’s, etc. Em 2015 surgiu  um projeto da Prefeitura do Recife em parceria com a Fundação Gilberto Freyre, que iria contemplar a Zona Norte no mapa turístico do Recife. Mas, até agora isto não saiu do papel. E, sem pessimismo, ao meu ver estão querendo é aparecer, pois a realidade deve ser dita face a qualquer propaganda enganosa. É o meu papel de escritor e de cronista social, defendendo a liberdade de opinião. Cadê os planos de escadas rolantes, pontilhões e outras obras? Pois estamos cansados de tantas promessas dos governos municipal, estadual e federal.

Enfim, termino esta crônica com a música Casa Amarela:

Casa Amarela
 I
Recife cidade linda
De uma natureza infinda
Do nordeste do meu Brasil
Tens um subúrbio afastado
Por Deus belo abençoado
Com tantas belezas mil:
II
Casa Amarela, ô,
Casa Amarela
Terra das morenas belas
Onde nasceu a minha ilusão

Casa Amarela
Não é por ser onde moro
É o lugar que eu adoro
Com todo o meu coração.
III
Tem na subida da ladeira
Uma santa padroeira
A virgem Santa Isabel  (1)*
Onde o sambista apaixonado
Faz seu samba ritmado
A saudação a Noel.

Onde o sambista ritmado,/ com seu pinho acompanhado,/ faz sua oração fiel.
(de minha autoria anos 60).




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