“Não & Sim”
Por José Calvino
Dizer não
com gestos e palavras.
Meneio de cabeça,
vaivém do dedo indicador...
Mais das vezes,
o não é o sim,
e o sim é o não.
O não pode ser
pacífico ou revolucionário.
Há uma análise bem comum
Uma reação à violência,
à supressão das liberdades,
ao desrespeito à cidadania...
Enfim,
Não à esmola,
é o sim ao emprego digno.
Não à violência,
é o sim da paz.
Não à ignorância,
é o sim da educação.
A poesia acima analisa o não em que um fato se situa. Embora cada caso seja um caso, entre o “não” e o “sim”, é preciso se analisar bem. Eu mesmo, sempre achei que a melhor escolha é a sensatez. De acordo com a psicologia, existem pessoas que não sabem dizer não e aí o sim realmente fica difícil como acontece sempre em alguns casos. Nos anos 50, por exemplo, era costume os católicos darem esmolas a pessoas necessitadas. Quando o esmoler (normalmente os carolas e beatas) não dava esmola aos mendigos sempre se justificavam dizendo: “Perdoe devoto”, “O padre avisou que a esmola da missa era para as missões”, “Graças a Deus eu dou esmola aos pobres, ninguém sabe o dia de amanhã!”
Sinceramente, nunca concordei com a tal da esmola como dizia o personagem central do livro O Cristo Mulato: “(...) Nunca devemos passar indiferentes pela miséria, nem pedir esmolas. De esmola nós já vivemos e não temos condições de dá-las com salário de fome...”
O não ao Bolsa Família, a meu ver é o sim ao emprego digno. Uma sugestão para ensinar os jovens Educação Moral e Cívica (EMC), contudo não ser como a ex-disciplina Organização Social e Política do Brasil (OSPB) que era um símbolo do regime militar nas escolas e faculdades. OSPB saiu do currículo com o fim da ditadura militar, há mais de 20 anos. Na disciplina Educação Moral e Cívica os estudantes aprendem os conceitos de filosofia, cidadania e a respeitar a pátria para que o Brasil exerça a verdadeira democracia.
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