Indenizações para civis da 2ª Guerra Mundial
Por José Calvino
Os remanescentes civis da II Guerra Mundial, nascidos no período 1939/1945 e que prestaram serviço militar ou não, estão reivindicando junto aos seus respectivos governantes indenizações em forma de pensões vitalícias. Tais litigantes argumentam que foram vítimas nos primeiros estágios de vidas (na infância) dos rigores do racionamento de gêneros alimentícios durante a guerra. Racionamento que atingia até o leite, alimento imprescindível à nutrição infantil. Pelo que, até hoje, aquelas populações atingidas carregam em si seqüelas irreversíveis para o resto da vida.
Baseado nesse arrazoado fundamentam suas reivindicações em forma de pensões, devendo também o mesmo direito ser estendido às mulheres, nascidas no mesmo período. Até mesmo aqueles que nunca foram à guerra, muitos portadores de estigmas físicos ou psíquicos adquiridos pelo excessivo treinamento militar a que foram expostos naqueles tenebrosos dias. Eles acham que não provocaram a guerra; foram vítimas. Portanto, faz lembrar a perspicácia de Ernest Hemingway da vitória sobre a miséria em toda sua trajetória, principalmente no seu romance “O velho e o mar”.
Tal assunto vem à baila para que afiramos o alto grau de cidadania daquele povo e o nosso; pois alguns cidadãos brasileiros, nascidos após a 2ª Guerra Mundial, desdenham o pouco com que foram amparados nossos ex-combatentes (reconhecimento da pátria) pelo esforço de guerra, estrito cumprimento do dever militar, no que tais indivíduos parecem querer parodiar ilustração do tema favorito de Hemingway: a vitória na derrota.
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