sábado, 4 de fevereiro de 2012

Prosopopéia

                                                   
                                                       imagem google

    Prosopopéia


(A Carlos Pena)

Ontem entre o Paço,
A avenida Guararapes,
Este poema nasceu
Pelos bares e cafés.

Sem fazer apologia
As conversas facilitadas
Pela bebida, eu digo:
Viva a filosofia de mesa de bar.

Fui no Canto do Poeta,
Onde é uma espécie
De pequeno Museu
Em homenagem ao grande Poeta.

Estava lá o fantoche
Do poeta do azul,
Carlos Pena Filho.

Sentado à mesa
Numa prosopopéia
O inanimado se movimentou
E o discurso veemente
Cheio de ímpeto e ardor
O poeta recitou:

“...Por isso no bar Savoy,
O refrão tem sido assim:
São trinta copos de chope,
São trinta homens sentados,
Trezentos desejos presos,
Trinta mil sonhos frustrados”.

Um comentário:

  1. Linda, Calvino! É uma prosopopéia que você encarna o espírito do poeta Carlos Pena Filho. Me lembrei quando ia ao então Savoy.
    Palmas para o Calvino!!!

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