sexta-feira, 11 de setembro de 2015

"Ordem e Progresso"?


“Ordem e Progresso”?

José Calvino

Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.

Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
as ideias claras a respeito.

Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.

Minha arma é a caneta
minha tranquilidade permanece
impávida...
a uma ação, ou comportamento.

Não é de hoje
não cabia.
Deveria.



A poesia acima, “Civilidade”, não é caso isolado. Não pretendo aqui, jamais, tomar partido político ou religioso, mas que no Brasil sempre houve conluio entre os poderosos, num circulo vicioso  financiado por empresários e banqueiros, ah isso sim! 

O que eu observo em geral  é que há um punhado de pessoas formadas, muitos até se glorificam de terem sido graduados pela Universidade Federal, sobretudo advogados(as), mas que colocam  nas petições: “data venha”, “mês de abriu”, "apois", “treis”..., isso não é uma vergonha? Nos forum, por exemplo, eu tenho ouvido e visto  respostas cínicas de muitos funcionários folgados e preguiçosos, transmitindo mentiras sobre a morosidade da justiça, que age com conivência com o governo e com os grandes empresários. A justiça deve ser exercida com imparcialidade. Pergunto mais uma vez, cadê a lei à qual se deve obedecer?, ou a justiça é só para alguns, mas é conivente com outros, a exemplo das grandes empresas e do próprio governo?, este que deveria dar exemplo.

Quem não se lembra do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi considerado “herói” por condenar os réus do Mensalão? A prisão dos condenados no processo, às vésperas do feriado de 15 de novembro de 2013, proclamação da república? Isso, a meu ver, é querer aparecer e  só um imbecil que não tem consciência do que se mostrava pela imprensa escrita, falada e televisada para não perceber. O STF já vinha sendo visto pelo público televisivo como uma casa de espetáculos no período do julgamento.

É bom lembrar que em 2008, quando o País recebeu o selo de bom pagador, o ex-presidente Lula disse: “O Brasil foi declarado um país sério, que tem políticas sérias...”, ao contrário do que diz a conhecida  frase criada por Charles De Gaulle: “Le Brésil n’est pás um pays sérieux” (O Brasil não é um país sério).

Realmente, não é um país sério, mas a ameaça que  sempre pairou por sobre a América Latina agora também atinge o primeiro mundo, com a informação ultimamente publicada e divulgada, nos meios de comunicação internacionais: “1/4 da população da União Europeia vive em risco de pobreza e exclusão social.” Some-se a tudo isso essa agora de rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P). E para tentar conter a crise política e econômica do País, a presidenta Dilma Rousseff anuncia que vai “apertar o cinto”, como fez o então ministro da Fazenda Delfim Neto (ditadura militar), no Governo Médici, que não beneficiava as classes trabalhadoras, e sim, mais piorava a vida do povo brasileiro. O que sei é que os ricos ficaram cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. Reafirmo, a ditadura foi perversa. A distribuição de renda, na verdade, era dificultada pelo regime militar, que não permitia nenhuma greve (não havia sindicato), nem o Congresso tinha força e nem se responsabilizava. Era uma ditadura difícil para a vida dos trabalhadores de um modo geral! Então, uma pergunta deve ser feita: afinal, quem está com a verdade? A presidenta da República, o Congresso ou os comandantes das Forças Armadas?   

        

    


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