“Ordem e Progresso”?
José Calvino
Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.
Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
as ideias claras a respeito.
Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.
Minha arma é a caneta
minha tranquilidade permanece
impávida...
a uma ação, ou comportamento.
Não é de hoje
não cabia.
Deveria.
A poesia acima, “Civilidade”,
não é caso isolado. Não pretendo
aqui, jamais, tomar partido político ou religioso, mas que no Brasil sempre
houve conluio entre os poderosos, num circulo vicioso financiado por empresários e banqueiros, ah
isso sim!
O que eu observo em geral é
que há um punhado de pessoas formadas, muitos até se glorificam de terem sido
graduados pela Universidade Federal, sobretudo advogados(as), mas que
colocam nas petições: “data venha”, “mês
de abriu”, "apois", “treis”..., isso não é uma vergonha? Nos forum, por exemplo, eu tenho ouvido e visto
respostas cínicas de muitos funcionários
folgados e preguiçosos, transmitindo mentiras sobre a morosidade da justiça,
que age com conivência com o governo e com os grandes empresários. A justiça
deve ser exercida com imparcialidade. Pergunto mais uma vez, cadê a lei à qual
se deve obedecer?, ou a justiça é só para alguns, mas é conivente com outros, a
exemplo das grandes empresas e do próprio governo?, este que deveria dar
exemplo.
Quem não se lembra do então presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), que foi considerado “herói” por condenar os réus do Mensalão? A
prisão dos condenados no processo, às vésperas do feriado de 15 de novembro de
2013, proclamação da república? Isso, a meu ver, é querer aparecer e só
um imbecil que não tem consciência do que se mostrava pela imprensa escrita,
falada e televisada para não perceber. O STF já vinha sendo visto pelo público
televisivo como uma casa de espetáculos no período do julgamento.
É bom lembrar
que em 2008, quando o País recebeu o selo de bom pagador, o ex-presidente Lula
disse: “O Brasil foi declarado um país sério, que tem políticas sérias...”, ao
contrário do que diz a conhecida frase
criada por Charles De Gaulle: “Le Brésil n’est pás um pays sérieux” (O Brasil
não é um país sério).
Realmente, não é um país sério, mas a
ameaça que sempre pairou por sobre a
América Latina agora também atinge o primeiro mundo, com a informação
ultimamente publicada e divulgada, nos meios de comunicação internacionais:
“1/4 da população da União Europeia vive em risco de pobreza e exclusão
social.” Some-se a tudo isso essa agora de rebaixamento da nota de crédito do
Brasil pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P).
E para tentar conter a crise política e econômica do País, a presidenta Dilma
Rousseff anuncia que vai “apertar o cinto”, como fez o então ministro da
Fazenda Delfim Neto (ditadura militar), no Governo Médici, que não beneficiava
as classes trabalhadoras, e sim, mais piorava a vida do povo brasileiro. O que
sei é que os ricos ficaram cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais
pobres. Reafirmo, a ditadura foi perversa. A distribuição de renda, na verdade,
era dificultada pelo regime militar, que não permitia nenhuma greve (não havia
sindicato), nem o Congresso tinha força e nem se responsabilizava. Era uma
ditadura difícil para a vida dos trabalhadores de um modo geral! Então, uma
pergunta deve ser feita: afinal, quem está com a verdade? A presidenta da
República, o Congresso ou os comandantes das Forças Armadas?
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