Lava
Jato
Por
José Calvino
A presidenta Dilma Rousseff euforicamente demonstra
muito otimismo sobre as conseqüências das investigações da Polícia Federal na
operação Lava Jato. A presidenta disse que a mudança seria no sentido de que
vai acabar com a impunidade que vem acontecendo há muito tempo no país,
ressaltando:“A questão da Petrobras é simbólica para o Brasil. Acho que é a
primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos
privados e públicos”. Realmente é verdade, mas, ao meu ver após as investigações policiais, ela mostrará mais
eficiência se for rápida na execução das penas cabíveis. Destaco ainda a
relevância de se acelerar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) de número 300-A de 2008, que trata da unificação das polícias em todos
estados do Brasil.
Outrossim, a amiga Dilma Carrasqueira, que vem
acompanhando as minhas denúncias através da imprensa, sobretudo pelos jornais
referentes à paralisação das obras do PAC me disse que em 2011 a Companhia
Estadual de Habitação e Obras (Cehab) deixou de realizar algumas obras do
bairro de Campo Grande-Recife e que as mesmas não foram concluídas porque
o projeto foi readequado estando em análise na Caixa. Cadê os milhões de reais,
isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos
federal, estadual e municipal gastaram? Um representante da Cehab disse em
entrevista na TV que tudo estaria concluído naquele ano. Mas, em 2013, a
Assessoria de Imprensa da Cehab informou que estava em andamento, com conclusão
prevista para setembro de 2014. As eleições passaram, a equipe social do
governo informou que a demora na conclusão foi devida à falta de matéria prima
no País.
Ora, isto tudo sugere o que? Proponho uma nova operação,
desta feita com a polícia unificada,
podendo chamá-la de “Pente Fino” ou
mesmo continuar no Lava Jato.
Para o bem dos brasileiros e brasileiras, termino esta
crônica com a poesia “Salário digno”
Tal qual meu pai,
telegrafista ferroviário
manipulava o telégrafo
pelo brilhante trabalho
fazendo tudo honestamente.
Mas, vergonhosamente o salário é
mínimo(1)
e se os elogios de todos são
hipócritas
prefiro o salário digno
com sublimidade da virtude
abandonando o orgulho, como o meu
pai
que era chefe de estação ferroviária
e morreu sem deixar um alicate.
(1)O salário mínimo foi criado pelo
ex-presidente Getúlio Vargas em 1940.
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