JESUS
Narração bíblica:
“Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e
amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida pelo
que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo pelo que haveis de vestir; não
é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que o vestido? Olhai para as aves
do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai
celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por
mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? Por que
andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios
do campo: eles não trabalham nem fiam, contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como
um deles. Se Deus, pois, assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã
é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Assim não andeis
ansiosos, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que
nos havemos de vestir? (Pois os gentios é que procuram todas estas coisas);
porque vosso Pai celestial sabe que precisais de todas elas. Mas buscai
primeiramente o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.”
1 - Jesus
Não pretendo escrever uma obra teológica ou tomar partido em conflitos
religiosos. Creio a não intervenção da religião no Estado, ou seja, devem estar
separados. Como exemplo de vida, já fui perseguido por ter o nome do reformador
de espírito universal. Professores carolas diziam, principalmente um de
história: “Foi o movimento que, dividindo os cristãos do Ocidente no século
XVI, originou diversas novas igrejas chamadas protestantes, as quais não mais
seguiriam o comando e a orientação do papa de Roma...”. Mas, jamais poderei ser
privado de minha liberdade, pois estou escrevendo universalmente e com ousadia “Jesus”. Sem medo,
sempre denunciei as injustiças sociais (Vide Liberdade de Expressão - pp.16-18).
Além disso, sempre respeitei a fé cristã , até porque sempre convivi com
pessoas simples e religiosas (pobres do nosso Brasil).
Com mais de 2000 anos da vinda de Jesus Cristo
(Vide Hipocrisias - pp.19-22), iniciei este trabalho literário com trechos
salteados do livreto (distribuídos gratuitamente),“Jesus”(Vide Fisionomia de
Jesus – pp.23-24) , que Veio ao mundo sem ter Caído do céu, nem Vindo de outro
planeta. Pesquisando a
Bíblia percebo que há diversas interpretações. Sinceramente, não acredito que
foi assistido por uns animais irracionais que não podiam fazer nada e nem
poluir a santificação do menino Jesus. Acredito que deveria ser da alçada dos
seus pais, eles que teriam a obrigação de prestar essa assistência. Ora,
vejamos: Jesus teve como pai adotivo
José...(Vide O nascimento de Jesus Cristo – O Novo Testamento: “Livro da
genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão... ”, consta que o nascimento de Jesus Cristo foi assim:
Estando Maria, sua mãe desposada com José, sem quem tivessem antes coabitado,
achou-se grávida pelo Espírito Santo... Contudo, não a conheceu, enquanto ela
não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” e “Naqueles dias foi
publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do Império
para recensear-se... e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o
deitou numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria.” - pp.,
Mt 1:18-25 e Lc 2:1-7).
Ele era judeu, de nome Yeshu (em grego), que
representava uma sigla I= Iésus (Jesus), Kh= Kristhós (Cristo), era uma
abreviatura do nome hebreu Yoehoshua andava pelas terras do Oriente Médio
pregando a paz num ambiente totalmente hostil: a Palestina era território
dominado pelos romanos e os próprios judeus estavam divididos em facções
religiosas. Algumas, extremistas como os zelotes, que pregavam a luta armada
contra os invasores. Outras, como os fariseus citados na Bíblia, conviviam com
o poder romano contanto que a vida religiosa não sofresse intervenção. Nestes
dois milênios que se seguiram, o Oriente Médio não deixou de ser sempre um
barril de pólvora.
De acordo com as Escrituras, tanto judias quanto
cristãs, Jesus teria que ter nascido em outubro na Succah (Cabana), durante as
festividades da Festa dos Tabernáculos (Sucott), quando os pastores ainda
podiam estar apascentando nos campos com as ovelhas. Argumentam com fundamento,
que em dezembro é época de inverno no Oriente Médio e que nem mesmo o pastor
mais lunático estaria fora à noite gélida, em campos cobertos de neve (Vide
Carta de uma judia a um pastor, de Dalva Agne
Lynch. Idem, editorial Literário: Um blog que pensa,24/dez/2012). Acredito que
é preciso conhecer bem a terra onde ele nasceu, e o povo com quem ele viveu. Cadê o então Imperador romano César Augusto?,tenho momentos de revolta contra muitos
(ricos ou metidos) que relegam ao plano inferior no meio social. Muitos sem
pudor, triunfaram e ainda triunfam com os apadrinhamentos políticos
dos poderosos...
Dizendo-se
filho de Deus (Vide Quem é Deus? – pp.25-30), não ficou alheio à vida da
humanidade do seu tempo. “E terão de saber que o meu nome é
Jeová” (Vide Jeremias 16:21).
Então, os textos dão a entender que esse Deus foi
criado pelo homem como todos os demais deuses de antigamente, sendo o das
religiões uma verdadeira fantasia. Pesquisando a Bíblia percebo que há diversas
interpretações de documentos antigos, verdadeiras superstições religiosas. O
nome de Deus, por exemplo, aparece diversas vezes citado pela boca de homens
que dizem representá-lo ou mesmo serem próximos ao Todo Poderoso. Então eu questiono: quem conferiu a estas pessoas tais poderes?,
quem atesta a veracidade dessas afirmações? Não serão blefes? (Vide “Eu sou Jeová. Esse é o meu nome” – p.). No Forum Desembargador Rodolfo Aureliano – TJPE - Uma testemunha disse que
não podia mentir porque era Testemunha de Jeová! Não é uma graça? (Vide “Testemunha
de Jeová” – p. ).
Jesus era um homem inteligente,
aplicava muito bem as palavras de amor e bondade (Vide Menino Jesus - pp.31-32),
era um ser humano igual aos outros, nascido de relação entre um homem e uma
mulher (Vide Um bom ladrão – pp.). Sobre a sexualidade de Jesus, tem crescido o
número de pessoas que acham ter havido um relacionamento amoroso entre Jesus e
Maria Madalena. Todos estudiosos que estudam (sic) a figura humana de Jesus
sendo homem, alguma sexualidade, se não exerceu com mulheres, a exerceu com
quem? Seria um anormal? Muitos o consideravam um louco, inclusive os próprios
parentes.
Ele nasceu
pobre, viveu no meio do povo, propôs aos homens se amarem como irmãos e
paz para todas as pessoas (No Brasil, enquanto o governo não investir em saúde
e educação, não haverá paz.). Como assim? ( Vide ABC II – pp.). Para entenderem
melhor, Ele disse: “Por serem todos filhos do mesmo pai.” Alguns seguiram-no,
muitos se colocaram contra e foram a favor do império romano. A polícia era
assumida diretamente pelo Comandante do Templo, sob as ordens do Grande
Sacerdote. Essa mesma polícia o levou a ser crucificado (Vide O Novo Testamento:
“Dali a dois dias era a páscoa e a festa dos pães asmos; e os principais
sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o
matariam... E logo, falava ele ainda, quando chegou Judas, um dos doze, e com
ele, vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e anciãos, uma turba
com espadas e cacetes...Então, deixando-o todos fugiram... Tendo Jesus acabado
todos estes ensinamentos, disse a seus discípulos... Por aquele tempo ouviu o
tetrarca Herodes a fama de Jesus... - pp. , Mc 14:43-50 – Mt 26:47). Mas, a
igreja convenceu milhões de pessoas a acreditarem que ele ressuscitou (Vide Só
Pensamento – p.32). Pra mim isso é conversa pra boi dormir (Vide O Novo
Testamento .
“Tendo
chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos
imundos para os expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades...
Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de
graça recebestes, de graça daí... - pp. , Mt 10:8).
Até hoje muitos religiosos acreditam que Jesus está
vivo (Vide Será o Fim do Mundo? – pp.33-34). Tenho certeza que alguns leitores
estão perguntando: “Como vivia o povo?”; “Quem se relacionava com ele?”; “Quem
estava no poder?”; “Havia religião?”,et cétera, (Vide Sobre cristologia - pp.36-38).
A Palestina era um país essencialmente agrícola e
sua economia, sobretudo era mais voltada à agricultura (Vide O Novo Testamento “
Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em
casa... Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dias de sábado, as searas, e os
discípulos ao passar colhiam espigas... Voltou Jesus a ensinar à beira-mar. E
reuniu-se numerosa multidão a ele, de modo que entrou num barco, onde se
assentou afastando-se da praia. E todo o povo estava `beira-mar, na praia...mas
os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições,
concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera... Disse mais: A que
assemelharemos o reino de Deus?, ou com que parábola o apresentaremos?...mas,
uma vez semeada, cresce e só torna maior do que todas as hortaliças, e deita
grandes ramos a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra... - pp.
, Mc 2: 23 – 4: 1-19 – 4: 30-32). Ah, e Jesus Cristo, que fez a água virar
vinho (Vide O Novo Testamento – “Três dias depois, houve um casamento em Caná
da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus...Tendo o mestre-sala provado a água
transformada em vinho, não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes
que haviam tirado a água, chamou o noivo...”
p. , João 2: 9) , na pecuária (Vide N.T. “Entrando Jesus num barco,
passou para a outra banda, e foi para a sua própria cidade... E percorria Jesus
todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do
reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades...Rogai, pois, ao Senhor
da seara que mande trabalhadores para a sua seara... Então o reino dos céus
será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se
com o noivo...Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos
com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão
reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa
dos cabritos as ovelhas...”- p. , Mt 9:35-38 – 25:31-32), na pesca (O peixe era
alimentação popular), no artesanato (Vide O Novo Testamento – “ Seis dias antes
da páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara
dentre os mortos... Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro,
mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e
encheu-se toda a casa com o perfume de bálsamo...” p. ,João 12:3), barcas e
redes. Não havia indústrias como hoje, mas sim muitos artesãos autônomos. (Vide
N.T. “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus... Caminhando junto
ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar,
porque eram pescadores... E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai
Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus... Naquele mesmo dia, saindo
Jesus de casa, assentou-se à beira-mar... O reino dos céus é ainda semelhante a
uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie... Aconteceu que,
ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago
de Genesaré...Então fizeam sinais aos companheiros do outro barco, para que
fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos ao ponto de quase irem a
pique... Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos
os demônios, e para efetuarem curas... Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que,
tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus...” p.
, Mc 1: 16-20 – Mt 13:47 – Lc 5:1-7 – Lc 9:62) e tanques para espremer uvas ou
azeite (Vide N.T. “E então se dirigiu a seus discípulos: A seara na verdade é
grande, mas os trabalhadores são poucos...” - p. , Mt 9:37). Certas obras
públicas, como a nova construção do templo de Jerusalém no tempo de Jesus
reuniam vários operários (Vide O Novo Testamento – “Replicaram os judeus: Em
quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o
levantarás?...” p. , João 2:20).
Os produtos circulavam com muitas dificuldades para
o comércio. A Palestina não era uma região diretamente marítima e as demais
eram montanhosas. Apesar disso, nas aldeias trocava-se um produto por
outro. Existiam feiras livres nas cidades, principalmente nas maiores
como a Galiléia, onde se desenvolvia um certo comércio internacional;
para isso se usavam várias moedas de diversos países (Vide O Novo Testamento – “Aproximavam-se
de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir... Ou qual é a mulher
que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a
procura diligentemente até encontrá-la?... Aconteceu que, num daqueles dias,
entrando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os
principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos... Mostrai-me um
denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César.
Então lhes recomendou Jesus...”p. , Lc 15: 8 – 20: 24).
Nos povoados os impostos eram de diversos tipos.
Para os romanos se cobrava ¼ das colheitas, logo vendidas e trocadas em moeda.
O pedágio era sobre transporte de mercadorias, taxas de alfândega... Grandes
somas partiam de Jerusalém para Roma. Em Roma, uma categoria se beneficiava às
custas das províncias coloniais com a Palestina. O povo tinha apenas o
suficiente para sobreviver e com tantos impostos a pagar, a miséria se tornava
ainda mais pesada para muitos sem condições de satisfazer suas necessidades
mais vitais. A cobrança se fazia através de funcionários chamados Publicanos
que atuavam em todos os níveis (Vide O Novo Testamento “Portanto Jesus dali,
viu um homem, chamado Mateus, sentado na
coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu...Ide , porém, e
aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos; pois não vim
chamar juntos, e, sim, pecadores [ao arrependimento]... Disse-lhe Jesus uma
parábola, sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer... O fariseu, posto em
pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não
sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como
este publicano...” - p. , Mt 9: 9-13 – Lc 18: 11).
Os responsáveis pelas cobranças ficavam com suas comissões e os furtos
eram freqüentes, principalmente em altos escalões, e praticamente sem controle.
A corrupção era grande e isso tudo levou o povo a desprezar e marginalizar toda
a categoria dos publicanos (Vide O Novo Testamento “Disse Jesus também aos
discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi
denunciado como quem esstava a defraudar os seus bens... Respondeu ele: Cem
cados de azeite. Então disse: Toma a tua conta, assenta-te
depressa e escreve cinqüenta. Depois perguntou a outro: Tu, quanto deves?
Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve
oitenta...” - p. , Lc 16: 6-7).
O Templo era o centro do poder
econômico e onde todos os impostos eram centralizados. Uma verdadeira fonte de
empregos: vendedores de bois, ovelhas e pombas, com diversos cambistas
explorando o público ( Vide N. T. “- p. ,João 2: 13-20).Então, quando Jesus
falava do templo a ser destruído, ameaçava a estrutura econômica na sua base,
tendo sido esse um dos motivos de sua condenação ( Vide O Novo Testamento “Tendo
Jesus acabado todo estes ensinamentos, disse a seus discípulos...Este disse: Posso
destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias...” - p. , Mt 26:61).
A situação econômica de Jesus era semelhante à do
povo da Galiléia, por fazer parte da vida econômica dos camponeses, pescadores
e das donas de casa. Os pescadores, sobretudo, eram seus discípulos, o Peixe
também era o desenho usado pelos primeiros cristãos como forma de se
identificarem numa época em que se declarar seguidor de Jesus significava ser
devorado por leões. O desenho do peixe tinha uma mensagem mais cifrada em
grego, escreve-se ikhtys. A realidade dos desempregados mostra como se
relacionam os ricos proprietários. Assim Jesus mostra que conhece perfeitamente
a situação econômica da classe trabalhadora explorada (Vide O Novo Testamento “Naquela
hora, aproximou-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, por ventura, o
maior no reino dos céus?...Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei que
resolveu ajustar contas com os seus servos... E, indignando-se, o seu senhor o
entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida... E, chegando à sua
terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam, e diziam:
Donde lhe vem esta sabedoria e poderes miraculosos? Não é este o filho do
carpinteiro?, não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e
Judas?...” - p. , Mt 18: 23-34 – 13: 54-55).
O povo ia ao encontro de Jesus, à beira mar ou em qualquer lugar onde
ele estivesse (Vide N. T. “De novo entrou Jesus na sinagoga, e estava ali um
homem que tinha ressequida uma das mãos... de Jerusalém, da Iduméia, dalém do
Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas
cousas Jesus fazia, veio ter com ele... Aconteceu que, num sábado, passando
Jesus pelas searas, os seus discípulos
colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos...sucedeu que, em outro
sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem, cuja
mão direita estava ressequida... Mas eles se encheram de furor e discutiam
entre si quanto ao que fariam a Jesus...” - p. , Mc 3:8 – Lc
6:6-11). O Novo Testamento usa diversas vezes as palavras Povo e Multidão. Isso
mostra o quanto Jesus se identificava com o povo. Jesus foi criticado por sua
intimidade no contato com os marginalizados. Os Fariseus diziam: “Por que ele
come com os pecadores?” E quando faziam esta pergunta Jesus respondia: “Não são
os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.” (Vide N. T. “Achando-se
Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos
muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número, e também o
seguiam...Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e, sim os doentes; não vim chamar
justos, e sim, pecadores...” - p. , Mc 2:15-17 – Mt 9: 11-12).
Jesus sempre manifestou seu afeto para com as
crianças (Vide O Novo Testamento “ Mas, a quem hei de comparar esta geração? E
semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos
tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes...
Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os
pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus...” - p. , Mt
11: 16-17 – Mc 10: 14).
Mulheres e crianças eram excluídas da vida social,
igualmente aos deficientes visual, auditivo, mentais e escravos (Vide O Novo
Testamento “Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos
mas ai do homem pelo qual eles vem!... Ao vê-los disse-lhes Jesus: Ide, e
mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados...” - p.
, Lc 17: 14).Ele ficava aborrecido de ver o povo disperso, perdido, explorado e
desorganizado ( Vide N. T. “Seis dias depois, toma Jesus consigo a Pedro e aos
irmãos Tiago e João, e os leva, em particular, a um alto monte... Tendo eles
chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas
dracmas, e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas?...Mas, para
que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que
fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e
entega-lhes por mim e por ti...” - p. , Mt 17: 24-27).
Jesus quebra os tabus: Fala a sós com uma mulher
Samaritana (Vide O Novo Testamento “Quando, pois, o Senhor veio a saber que os
fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos
que João... Neste ponto chegaram os seus discípulos e se admiraram de que
estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas?, ou:
Por que falas com ela?...” - p. , João 4: 27).
Jesus se faz acompanhar por um grupo de mulheres
junto com os discípulos (Vide N. T. “E Joana, mulher de Cuza, procurador de
Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus
bens...”- p. , Lc 8:1-3). Elas, sozinhas, estão presentes em Seu Calvário (Vide
O Novo Testamento “Logo pela manhã entraram em conselho os principais
sacerdotes com os anciãos, escribas e todo o Sinédrio; e amarrando a Jesus,
levaram-no e o entregaram a Pilatos...Estavam também ali algumas mulheres,
observando de longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor,
e de José, e Salomé; as quais, quando Jesus estava na Galiléia, o acompanhavam
e serviam; e, além destas, muitas outras que haviam subido com ele para
Jerusalém...”- p. , Mc 15: 40-41) e
serão as primeiras testemunhas da ressurreição. Naquele tempo o testemunho de
uma mulher não valia nada, pesa na boa fé a veracidade do acontecimento (Vide N.
T. “Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo,
levando os aromas que haviam preparado... Tais palavras lhes pareciam um como
delírio, e não acreditaram nelas...”- p. , Lc 24: 1-11).
(...)
Peço licença agora aos leitores para esse lembrete:
História do dinheiro da então República dos Estados Unidos do Brasil. Em 1942
foi lançada no Brasil a nota de Cr$ 10,00 (dez cruzeiros), que trazia em
destaque a imagem do caudilho gaúcho Getúlio Vargas.
-> Dinheiro do Brasil: várias mudanças de nomes
e valores no decorrer da história. .
Jesus reconhece que os impostos exigidos por
estrangeiros são demonstração de abuso e injustiça (Vide O Novo Testamento “(...)”-
p. , Mt 17: 24-27)!
Devemos pagar imposto a César ou não? Os Fariseus
fizeram essa pergunta a Jesus, com intenção de provocá-lo. Claro, as vozes da
administração estrangeira seguiam pressionando por todos os meios. Para isso,
Jesus muito perspicazmente pediu aos Fariseus uma moeda e perguntou: “De quem é
a imagem e a inscrição da moeda?”- “de César”, responderam-lhe. Era uma imagem proibida
aos judeus. Um deles, retirando do seu bolso uma tal moeda, estava em
contradição com a Lei que pretendia defender.
Jesus então, com certa ironia disse: “Pois bem,
devolvam a César o que é de César.” (Vide O Novo Testamento “Observando-o,
subornaram emissários que se fingiam de justos pra verem se o apanhavam em
alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do
governador... Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e,
admirados da sua resposta, calaram-se...”- p. , Lc 20: 20-26). Será que não
poderia Jesus dizer também: “Devolvam ao povo o que é dele?”
Jesus adotou uma atitude crítica em relação aos
abusos do poder pela classe dominante (Vide N. T. “Depois entrou Jesus a
falar-lhes por parábola: Um homem plantou uma vinha, cercou-a de uma sebe,
construiu um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a uns lavradores e
ausentou-se do país...E procuravam prendê-lo, mas temiam o povo;porque
compreenderam que contra eles proferia esta parábola. Então, desistindo,
retiraram-se...”- p. ,Mc 12: 1-12). A critica de Jesus se dirige então aos
responsáveis pela nação judia: “O dono da plantação destruirá os vinhateiros e
dará a vinha a outros.”
A autoridade de Jesus como um ser social era
baseada na confiança que o povo lhe tinha, e por isso a classe dominante tinha
medo de mexer com ele. Jesus fez com que esse povo, com seus líderes, se
organizassem e resolvessem seus problemas (Vide “Muitos, porém, os viram partir
e, reconhecendo-os, correram para lá., a pé, de todas cidades, e chegaram antes
deles...Os que comeram dos pães eram cinco mil homens...”- p. , Mc 15: 6-15 –
Mc 6: 33-44).
Jesus morreu por dois motivos:
1 – Religioso: Foi acusado de blasfêmia porque,
sendo homem, se fez igual a Deus (Vide Verdade & Mentira/Verdades &
Mentiras – pp.35-36), e assim tirava dos Sacerdotes a última palavra sobre a
Religião;
2 – Político: Jesus caiu numa armadilha. O sinédrio
queria acabar com ele, porque se sentia ameaçado em sua autoridade. Por outro
lado, os zelotes queriam uma mudança política imediata. Apesar de não concordar
com os zelotes, o sinédrio conseguiu jogar o povo contra Jesus na hora da
Paixão. Pode ser que por isso Barrabás, o zelote, preso por sua ação
terrorista, apareceu ao povo como tendo mais condições que Jesus para encabeçar
uma libertação nacionalista (Vide O Novo Testamento “(...)”- p. , Mc 15: 6-15.
Idem, Sobre cristologia - pp.36-8).
Crucificaram
Jesus, em
zombaria, os soldados romanos trançaram uma coroa de espinhos e a colocaram na
cabeça de Jesus. Foi humilhado por dizer ser filho de Deus e rei dos judeus. A autoridade de Jesus como um ser social era baseada na
confiança que o povo lhe tinha, a classe dominante tinha medo de mexer com ele.
Jesus fez com que esse povo, com seus líderes, se organizassem e resolvessem os
seus problemas (Vide Mc 15: 6-15 – Mc 6: 33-44). Muitos se colocaram contra e foram a favor do
império romano.
(Vide
Sepulcro caiado – p.) e jogavam na Arena os cristãos aos leões. O Império de
Roma que via uma nova mentalidade e ideologia reacionária criaram a Igreja
Católica Apostólica Romana.
Cito agora algumas parábolas contadas por Jesus: As
Casas (Vide O Novo Testamento - p. , Mt 7: 24-29) “ Quem ouve estas minhas
palavras e as obedece é comparado a um homem inteligente que construiu a sua
casa sobre a rocha. Choveu, houve enchentes com ventania e ela não caiu porque
foi construída sobre a rocha. Quem não obedece é como um homem ignorante que
construiu a sua casa sobre a areia. Choveu, houve enchentes com ventania e ela
caiu, sendo grande a sua destruição.”
Quando Jesus acabou de falar, as multidões estavam
admiradas com os seus ensinamentos. Porque ele ensinava com autoridade e não
como os professores da Lei. (Vide O nome de Deus em vão! – pp.39-40).
Liberdade
de Expressão
“...
Mas o desespero é tamanho, que
quando
sonhei, pensei que estavam
mijando
petróleo.”
Joseph Ratzinger (o papa Bento XVI)
renunciou ao papado declarando que o fazia “pelo bem da igreja”, mas será que
não foi por ter dito ao clero que “estariam instrumentalizando Deus”? Me veio à
memória o caso do padre Vito Miracapillo expulso do Brasil por vários motivos,
entre eles por questionar a “não independência do povo”, quando em 1980
recusou-se a celebrar a missa de 7 de setembro. Na ditadura militar teve padres
enquadrados na Lei de Segurança Nacional, que envolveu Estado & Igreja,
povo e autoridades civis e militares. O ex-padre Reginaldo Veloso, por exemplo,
autor do hino “Vito, Vito, Vitória”, em homenagem ao padre italiano, no ano de
1989, foi suspenso das funções sacerdotais pelo então arcebispo de Olinda e
Recife, dom José Cardoso Sobrinho. Ex-Pároco do Morro da Conceição, Reginaldo
foi punido por não seguir o pensamento da igreja no estilo romano, mais
centralizada em sua hierarquia e que orientava que padres não se envolvessem
politicamente. Em solidariedade ao religioso, os fiéis tomaram a chave da igreja
cantando:
“ A chave, a chave, a chave eu não dou, a chave é de Pedro que é
pescador...”
E foi preciso a polícia intervir, uma vergonha! Na verdade, até hoje não
vejo organização nenhuma que lute pelo estado laico e pela separação efetiva
entre governo e religião.
Quando publiquei o meu terceiro livro “ O Cristo Mulato”(1982) ele não
agradou, é claro, nem ao governo militar, nem à igreja. Nele, eu mencionava:
“(...) Se o povo soubesse a força que tem, ah! Só bastaria a metade daquele
povo que acompanha o Clube Carnavalesco ‘O Galo da Madrugada’, que sai do
Recife nos carnavais arrebanhando uma multidão incalculável, para se rebelar
contra este desgoverno...” Fiz também diversos trabalhos no ITER (Instituto de
Teologia do Recife), extinto em setembro de 1989, por decisão do Vaticano! O
instituto foi acusado, pelos setores mais conservadores da Igreja, de adotar a
linha marxista e era voltado à formação com base na Teologia da Libertação. O
ITER foi criado em 1968, não agradando à “Santa Inquisição”.
Não pretendo aqui escrever uma obra teológica ou tomar partido em
conflitos religiosos, mas jamais poderei ser privado de minha liberdade, pois
estou escrevendo universalmente com ousadia “Jesus”. Sem medo, sempre denunciei
as injustiças sociais.
Em 2013, houve um evento promovido nacionalmente pela Sociedade Livres
Pensadores, em Olinda, pregando a maior integração entre os que vivem o livre
pensamento, o respeito, a liberdade de expressão, etc. Com entrada franca,
aproveitei o ensejo e fui distribuir gratuitamente 50 livretes da dita obra.
Pasmem com o que aconteceu! Na ocasião, fui impedido de exercer meu direito
democrático de divulgar meu trabalho por ateus ignorantes e preconceituosos
igualmente ou talvez pior do que alguns grupos religiosos. A decepção foi grande.
E ainda dizem que são discriminados. Eu, hein?!
Hipocrisias
O dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, foram
desfechados pela organização terrorista Al-Qaeda e entraram
para a história da humanidade. Dois aviões que cruzaram
Manhattan, em Nova Iorque, naquela manhã atingiram o
complexo do World Trade Center, onde estavam 17 mil pessoas. Outra
aeronave despencou meia hora depois sobre a sede do Pentágono e
um quarto avião caiu na Pensilvânia. Mais
de 3 mil pessoas morreram, incluindo os 19
terroristas. O que ocorreu nesse dia me fez reler o que há mais de 100
anos o escritor Tolstoi escreveu em seu livro “O Reino de Deus Está em Vós”,
mostrando que: " A hipocrisia geral penetrou a tal ponto no corpo e
na alma de todas as classes da sociedade atual que nada mais pode indignar quem
quer que seja. Não é à toa que a hipocrisia, em seu sentido próprio, significa
representar um papel: e representar um papel, qualquer que seja, é sempre
possível. Fatos como estes: ver os representantes de Cristo abençoar
os assassinos que se enfileiram, armados contra seus irmãos,
apresentando os fuzis para a bênção; ver os padres de todos os credos cristãos
participarem, necessariamente, como carrascos, das execuções capitais;
reconhecerem, com sua presença, que o homicídio é conciliável com o
cristianismo (um pastor assistiu à experiência da execução pela eletricidade),
nenhum destes fatos surpreende mais ninguém... mais do que podem
fazê-lo centenas e milhares de homicídios cometidos por ignorantes e muitas
vezes sob o ímpeto da paixão” (Ver Obras Completas de Jukovski, Vassili
Andreivitch; célebre poeta russo).
Hipocrisia*
Com
mais de 2000 anos da vinda de Jesus Cristo a este planeta, nos passando a
mensagem de dias melhores. Alicerçado através dos seus ensinamentos de amor e
bondade, todavia conseguimos eleger o dia do seu aniversário, como o dia
universal da hipocrisia . A humanidade desvirtuou todos os ensinamentos
cristãos com as suas angústias e conseqüentemente suas ambições e
intolerâncias, independentemente de raças, credos e etnias. A nação mais rica e
protestante do planeta, edifica as suas vontades e verdades, alheia à
miserabilidade de bilhões de seres humanos do planeta terra. Fazendo com que o
livro sagrado e suas palavras, tornassem utópicas e irreais. Em nenhum momento
os Estados Unidos demonstraram interesses que não fossem de sua valia e
serventia. Com a chegada do Natal, este mesmo gigante consegue fazer um
festival de hipocrisia, aos quatro cantos do planeta, com festividades
gigantescas como decorações luxuosas, filmes invocando a presença do bom
velhinho (Papai Noel), resgatando e incentivando sonhos de consumo e
prevalecendo a vitória do bem sobre o mal. Assim, aprendemos através de sua
presença massiva a considerá-los como perfeccionístas e com senso de justiça,
imbuídos na pseudo dignidade de seus atos, mesmo que isso demonstre uma total
hipocrisia (...)
A sociedade, como
um todo, absorve toda essa hipocrisia com a distribuição de presentes e
sorrisos hipócritas no rosto das pessoas. São mensagens falsas de carinho e
incentivos! Deseja-se aquilo que não são condizentes à raça humana, tão
destruída pelas mazelas que povoam nossas personalidades egoístas e falsas.
Latente ao comportamento das pessoas em relação às outras, tão longe e
infinitamente irreversível dos ensinamentos bíblicos . Podemos assim, eleger as
festividades de final de ano, como o dia mais hipócrita de todos os tempos. Eis
que chega o ano novo, as grandes cidades fazem shows pirotécnicos com o
colorido no céu, pessoas literalmente embriagadas confraternizam-se com falsos
abraços e beijos. No dia seguinte, vamos computar as vítimas de violência,
brigas e acidentes. Demonstrando assim, que é um dia atrás do outro com uma
noite no meio, sem mudanças e esperanças. Do lado da natureza, vamos deslumbrar
terremotos, furacões, tufões e enchentes. Assim a humanidade edificou os seus
desígnios, cultivando a intolerância na falta de amor ao próximo, sendo
medíocres e literalmente hipócritas, elegendo estas festividades no pseudo
intuito de uma melhor relação entre os seres humanos, tendo o disparate do
desejo de um Feliz Ano Novo!!!
* Texto extraído
(em resumo) do livro: "Miscelânea Recife II"-
Ed. 2012 - pp.
196-7
Fisionomia de Jesus
Tenho recebido vários telefonemas dos leitores
pedindo que fale sobre Jesus Cristo. Então resolvi transcrever, em resumo, um
depoimento sobre a expressão fisionômica de Jesus através de uma carta escrita
pelo senador Públio Lentulus na Judéia ao César romano, Tibério César,
imperador de 14 a 37, que se refere a Jesus Cristo, que naquela época nas
terras da Palestina, principiava as suas prédicas.
“Soube, ó César,
que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te: há aqui um homem
chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam
ser o filho de Deus, Criador do céu e da terra. Realmente, ó César, todos os
dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas
palavras, Ele ressuscita os mortos, cura doentes e surpreende toda Jerusalém.
Belo e de aspecto insinuante, é uma figura tão majestosa, que todos o amam
irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice
e ao mesmo tempo tal dignidade que ao olhar-se para Ele cada qual se sente
obrigado a amá-lo e a temê-lo ao mesmo tempo. O cabelo dele, até a altura das
orelhas, é da cor das searas quando maduras, e daí até aos ombros é loiro muito
claro e brilhante. É apartado ao meio por uma risca ao uso dos nazarenos. A
barba é da cor do cabelo e não muito larga e também dividida ao meio. O olhar é
profundo e grave; as pupilas parecem os raios do sol. Ninguém pode fitar-lhe o
rosto deslumbrante. Ele é o mais belo homem que imaginar se pode e muito
semelhante à sua mãe, a mais formosa figura de mulher que até hoje apareceu
nesta terra. As mãos e os braços são duma grande beleza. Faz-se amigo de todos
e mostra-se alegre. Quando repreende, apavora. Quando adverte, chora. Toda a
gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora (...). Nunca estudou,
mas é senhor de todas as ciências. Anda com a cabeça descoberta e quase
descalço (...) Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também muitos o
acusam a mim, dizendo, ó César, que Ele é contra tua Majestade, porque afirma
que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus...”.
Quem
é Deus?*
No Farol da Mata foram presas diversas pessoas,
banqueiros de jogo de azar, cambistas, inclusive o escritor que criticava a
revolução, dizendo ter sido um golpe militar. A polícia apreendeu diversos
panfletos que estavam sendo distribuídos em praça pública, um deles era sobre a
divindade de Deus. Os guardas municipais arrancavam as propagandas coladas nos
postes, muros, prédios da Prefeitura... O povo se revoltava com a prisão do
escritor. Chamavam o prefeito de quizila, o delegado de polícia de alcoviteiro,
o cônego de pedófilo. Estava igual ao Estado Novo de Getúlio Vargas. Existia a
censura oficial através do então DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).
Novamente os
muros foram pichados e panfletos foram colados até na Igreja. As beatas diziam
“ser o fim do mundo fazer aquilo na casa de Deus”... Os carolas se benziam,
fazendo o sinal-da-cruz: “O escritor é ateu, Deus me livre querer negócio com
ele. Tenho filhos pra criar...” “Minha Nossa Senhora, por que prenderam o
escritor?” “Eles prendem quem não faz mal ao povo, por isso nos vem a dúvida:
aonde iremos nós? quem é Deus?
Quem
é Deus?
Apesar dos
avanços da humanidade, continuamos a indagar e questionar a presença de um ser
superior entre nós. Não conseguimos avançar um milímetro em toda esta incógnita
universal. Pregamos e acreditamos em dogmas e leis que não são mais condizentes
com o conhecimento humano em relação ao universo e sua evolução. Continuamos a
pregar o cristianismo das cruzadas, que em sua época conduziu o homem à idade
das trevas. Sendo estas as verdades divulgadas e aceitas.
Um atraso de
centenas de anos, onde o simples discordar implicava em um tribunal de
inquisição, assim a doutrina cristã através dos homens desvirtuou os
ensinamentos de Jesus Cristo. O jogo do poder da igreja atropelou a tudo e a
todos, jogando-nos às suas pseudosofias, fazendo-nos acreditar que ter fé era
obrigação de todos.
No início da
humanidade, com os medos e o desconhecimento dos fenômenos naturais, aliados à
falta de uma estrutura jurídica estabelecida, encontraram um terreno fértil
para apregoar-se as leis fundamentais, para a propagação de um conceito
religioso, criando Deuses mitológicos, politeístas e com poderes inconcebíveis
aos mortais.
O desenvolvimento
através dos séculos e milênios mudou alguns desses dogmas. Mas ainda assistimos
o proliferar de inúmeras seitas, crenças e religiões (os chamados no Brasil nos
anos 50 de Nova Seita), sempre no embasamento da presença do divino entre nós,
muitas vezes fugindo a uma linha da razão e da lógica.
Temos um Deus que
é a nossa imagem e semelhança, em um trono divino e com poderes sobre as forças
do universo, cercado de uma hierarquia dos santos, anjos, querubins e espíritos
de luz. Esses conceitos, divulgados através da humanidade, persistem até os
dias atuais.
Evoluímos no
campo científico, passamos a conhecer com maior profundidade o universo e sua
mágica na existência do infinito. E, mesmo assim, não passamos a conhecer a
nossa realidade no âmbito do universo.
São bilhões de
galáxias, trilhões de planetas e uma infinidade de sistemas solares.
Apesar de tudo
isso, continuamos a questionar, Quem é Deus? Muitas são as atribuições a ele
concebidas. Os nossos infortúnios e suas graças são predeterminadas e ditadas,
não obstante as tantas injustiças cometidas à raça humana, temos terremotos,
enchentes, guerras e grandes catástrofes. Sempre atribuímos esse poder
decisório a Deus.
Assim, a fé se
fez presente ao longo da história universal, independente de crenças ou de
correntes a seguir: O dedo de Deus, nos conduz e dita-nos as suas leis e
vontades, sempre apregoando as suas bondades. Fazendo-nos temer ousar em
discordar. Acreditar sem ver? Esse é o verdadeiro jogo da fé. Os registros das
manifestações divinas foram amplamente divulgados através das crenças
religiosas.
Assim, os homens
narraram e descreveram o que eles acreditavam ser o contato do divino com os
mortais. No mar morto alguns pergaminhos encontrados falam com exatidão sobre
esse fascinante contato entre os homens e a linguagem divina. De Buda a Cristo
e ao profeta Maomé, as religiões criaram raízes e foram amplamente aceitas, não
obstante a todo desconhecimento da nossa existência. A morte? Essa fascinante e
desconhecida incógnita, independente de credo, nos aproxima da presença de
Deus. Para que isso ocorra, temos que seguir mesmo que obrigatoriamente os seus
ensinamentos. A eterna busca da paz celeste nos obriga a aceitar como verdade
absoluta os seus ensinamentos.
Deus é amor. Essa
é a virtude decantada ao longo de nossa existência. Foi assim que aprendemos a
deslumbrar essa luz.
Todavia nos agigantamos
no aprendizado da intolerância e da insensatez, marcas registradas dos seres
humanos de ambos os hemisférios. As religiões de nada serviram para edificarmos
um aprendizado melhor e pregamos palavras soltas, relatadas em livros sagrados.
Apesar de todo nosso desconhecimento em relação à onipresença e à onipotência,
divina, não conseguimos entender o sacrifício imposto a Jesus Cristo, que teve
a sua presença marcada na bondade e no verdadeiro amor. Conseguimos desvirtuar
todos os seus ensinamentos, não colhendo o fruto daquilo que propôs a sua vinda
a este planeta. Não absorvemos um só milímetro de suas verdades. Continuamos a
não entender este fantástico mundo em que vivemos, e, com toda religiosidade,
continuamos a não saber Quem é Deus?
Aprendemos ao
longo dos séculos que a figura abstrata do criador é quem tem os poderes sobre
os destinos e desígnios. E que é dele a sua bondade, sua misericórdia e o seu
perdão. Tanto nos abençoa como pode nos jogar uma eterna maldição.
Um Deus sem
misericórdia e impiedoso, capaz de amaldiçoar uma geração inteira, fazendo que
descendentes paguem pelos pecados dos seus antepassados.
Aprendemos que
com sua bondade infinita ele é capaz de abençoar os seus escolhidos!
Demonstrando assim uma parcialidade nos destinos dos filhos de ambos os
hemisférios, tendo alguns a vida alicerçada na plenitude da felicidade, na
estrutura familiar e com qualidade de vida boa. Outros são eternamente
subjugados e espoliados, jogados à própria sorte, sem a interferência, nem a
misericórdia do divino.
Todos os fatos
ligados aos fenômenos naturais ou não, são atribuições de suas vontades: as
grandes catástrofes, os desastres, as epidemias e os fenômenos naturais, ou
seja, nada neste universo funciona sem o seu consentimento, nos fazendo
acreditar que há muito as forças maléficas encontram-se inertes sem precisar
atuar, pois o destino do planeta encontra-se só nas mãos de Deus. Mesmo que
isto se traduza em uma infindável injustiça, só nos restando a opção de
acreditar sem relutar, sem o direito a questionar e indagar: Quem é Deus?
Assim a
humanidade edificou as suas verdades, distanciando-se sobre a real razão de
nossa existência, a nossa presença e qual a função da vida no planeta terra.
Aonde iremos nós? Quem é Deus?
*
Capítulo XVIII do livro "Drogas & Crimes", ed. do autor (2003) -
pp. 60-4.
Gravado em disco,
mar 2003.
“Eu sou Jeová.
Esse é o meu nome”
Pesquisando a Bíblia percebo que há diversas
interpretações de documentos antigos, verdadeiras superstições religiosas. O
nome de Deus, por exemplo, aparece diversas vezes citado pela boca de homens
que dizem representá-lo ou mesmo serem próximos ao Todo Poderoso. Então eu
questiono: quem conferiu a estas pessoas tais poderes?, quem atesta a
veracidade dessas afirmações? Não serão blefes? Até mesmo porque Jesus disse em
sua oração: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Vide
Isaías 42:8).
Então, se
acreditamos nessas palavras, se Deus está nos céus, não viria à terra falar com
pobres mortais.
O “Dilúvio”, para
mim é outro exemplo dentre as lendas pré-históricas. “Como se foram
multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas. Os filhos de Deus
desceram e tiveram relações sexuais com as filhas dos homens...nasceram
gigantes semideuses... Jeová notou que a maldade humana se alastrava por todo o
planeta terra então haja água!” (Vide Gên 6: 2).
“Os Manuscritos do Mar Morto”, encontrados nas
cavernas do Quamran, ali colocados pelos Essênios, a fim de preservá-los de não serem destruídos pelos romanos. Os
pergaminhos foram rigorosamente bem estudados e analisados por paleontólogos.
Então, os textos
dão a entender que esse Deus foi criado pelo homem como todos os demais deuses
de antigamente, sendo o das religiões uma verdadeira fantasia. “E terão de
saber que o meu nome é Jeová” (Vide Jeremias 16:21).
“Testemunha de Jeová”
Chamaram para ser testemunha,
calar-me? Quis jorrar fortalezas.
Mas, com força e sem fraquezas,
não fui uma falsa testemunha.
Não haverá justiça com hipócritas,
Nem assim falar em paz...
Fracasso? Jamais!
Pelo menos, revogue os hipócritas.
Que semeiem justiça,
não pelo simples prazer de julgar.
Pois uma das testemunhas foi ser:
“testemunha de Jeová”.
Nota – No Forum
Desembargador Rodolfo Aureliano – TJPE - Uma testemunha disse que não podia
mentir porque era Testemunha de Jeová! Não é uma graça?
Menino Jesus
O poeta,
que há anos se encontra na prática do Espiritismo, pegou um livro que alguém
havia deixado na igreja do Bom Jesus. Lendo-o fervorosamente se viu logo curado
de uma grande angústia espiritual e, a partir de então, passou a refletir se
aquilo realmente não funcionaria mesmo. Enquanto folheava suas páginas
encontrou uma história que contava que em Praga foram tantos os prodígios
realizados pelo Menino Deus, que daí se originou a devoção sob o título de
“Menino Jesus de Praga”. O poeta conhecia a lenda que se tornou tão grandemente
maravilhosa, e não acreditava tanto assim no poder da oração. E também porque
não sentia certa admiração pelas religiões, principalmente quando muitos nas
suas alienações pregam o evangelho...
Mas, não era por isso que o poeta não iria
acreditar que o Menino Jesus tinha por hábito pregar o evangelho entre os
doutores, que ouviam-no perturbados, diante de tanta sabedoria e presença de
espírito.
- Por que uma criança podia saber tanto? –
perguntou a si mesmo.
Por fim, sabia que existe um trecho que é
fundamental aos católicos: o poder da fé como a única salvação: “Espero com
confiança alcançar Vossa santa graça. Amo-vos com todo meu coração e com todas
as forças da minha alma. Pesa-me de Vos ter ofendido e proponho nunca mais tornar
a Vos ofender. De agora em diante, quero Vos servir com toda fidelidade e por
amor de Vós, amar ao meu próximo como a mim mesmo”.
Eis a questão que penaliza a humanidade “amar ao próximo como a si
mesmo”, desde a sua criação. Jesus soube amar até mesmo os seus inimigos. A
humanidade deveria ser uma grande e harmoniosa família. Na igreja da Harmonia,
cantavam a oração de São Francisco de Assis:
“(...)
consolar, que ser consolado;
Compreender,
que ser compreendido;
Amar, que
ser amado.
Pois é
dando que se recebe,
É
perdoando que se é perdoado,
E é
morrendo que se vive para a vida eterna!”
“Um bom
ladrão”
Um bom religioso, desses que incontestavelmente, se
vem revelando um verdadeiro ladrão que se diz: “ama a Deus”,
não leu a primeira Epístola de João 4: 20-21:
“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão,
é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a
Deus, a quem não vê.
Ora, temos da parte dele este mandamento, que aquele
que ama a Deus, ame também a seu irmão.”
Todos
nós deveríamos saber que Jesus era um homem inteligente, que aplicava
muito bem as palavras de amor e bondade, era um ser humano igual aos outros,
nascido de relação entre um homem e uma mulher. Ele nasceu pobre, viveu no meio
do povo, ele propôs aos homens se amarem como irmãos e paz para todas as
pessoas (No Brasil, enquanto o governo não investir em saúde e educação, não
haverá paz.).
Com todo o
coração e espírito, sem fingimentos ou pieguismos, sem julgar-se um
teólogo que não se reveste de hipocrisias e de mentiras como certos
politiqueiros da pior espécie que cultuamos nocivos ensinamentos não
respeitando a cidadania da ingente maioria do povo brasileiro. Por isso,
prefiro um ímpio honesto, a milhões de religiosos hipócritas que vivem
mergulhados no ventre da avareza e do orgulho.
É notório
que os três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) há anos estão
corrompidos e que os cidadãos estão reféns dos desmandos de quem deveria
defender seus direitos. Um absurdo!
Por estes
e outros motivos, não sirvo para enaltecer os ladrões de paletós e gravatas que
manipula pessoas supersticiosas e incultas!!!
Enfim,
termino esta crônica com a poesia intitulada “Entregue a Deus”:
Eu vou dizer
Muitos usam o nome de
Deus em vão.
Quem já não leu
Aqueles adesivos nos vidros
Traseiros dos carros?
“Deus me deu de presente”,
“Esse carro é propriedade de Jesus”,
“Esse veículo é guiado por Deus”,
“Deus é fiel...”
Um bem ou mal:
“Deus tá vendo!”
Não paga o que deve:
“Deus lhe pague!”
Pedindo esmola:
“Deus te abençoe!”
Fazer um pedido:
“Se Deus quiser!”
Pedido alcançado:
“Graças a Deus!”
De um perigo eminente:
“Deus me salvou!”
Correndo tudo às mil maravilhas:
“Deus é pai...”
*Nota –
Acreditem se quiser: Na Bíblia o nome do “bom ladrão”, não aparece. Ele
expressa a crença de que Jesus “virá no Reino de Deus”, e este pede que, nesse
dia, Jesus se lembre dele.
A
B C II
Aos Religiosos(as)
A, a, de Amor (Amar como
Jesus amou)...
B, b, de Bom (Bom Jesus)...
C, c, de Casa (Casa
residencial ou comercial)...
D, d, de Deus ( Deua
Todo-Poderoso)...
E, e, de Escola (Ensina
as crianças)...
F, f, de
Filosofia (Amor à sabedoria)...
G, g, de Geração (Geração
Nova que fará diferença em nossa sociedade)...
H, h, de Hora (Hora de
estudar)...
I, i, de Igreja (É uma instituição religiosa
cristã que deve ser separada do Estado)...
J, j, de José (Nome próprio, muito usado na região
Nordeste) ...
L, l, de
Livro (Como é bom ler)...
M, m,de Mãe (Devemos
agradecer nossas mães pelo amor, carinho)...
N, n, de Natal (Capital do Estado do Rio Grande do
Norte)...
O, o, de Oração (A Bíblia fala sobre a oração)...
P, p, de Pai (Devemos
agradecer nossos pais pelo amor, carinho, etc)...
Q,
q, de Que (Quem, qual coisa?)...
R,
r, de Rádio (Ouvir música, etc)...
S,
s, de Salada (Saladas de frutas,
receitas diversas)...
T,
t, de
Tela (Recordações dos quadros negros e verdes. Hoje nas salas de aulas
usa-se uma tela branca para escrever com caneta “Pilot”)...
U,
u, de Uva (Uma das frutas mais popular
do mundo)...
V,
v, de
Ver (Verbo Ver)...
X,
x, de
Xadrez (É um jogo) ...
Z,
z, de
Zero (Um número usado para representar nulo)...
Nota - Em nosso país
Brasil), a história da alfabetização é desde o final do século XIX, vêm-se
estudando o relacionamento com antigos e novos ensinamentos, principalmente, a
dificuldade de nossas crianças em aprender a ler e a escrever, especialmente
nas escolas públicas.
Houve uma reforma ortográfica que mudou no nossso alfabeto com o
novo acordo: a volta do “K”, do “W” e do “Y” usam-se nos casos especiais
originários de outros idiomas e seus derivados...
Só
Pensamento
A
igreja convenceu milhões de pessoas
a
acreditarem que Jesus ressuscitou.
Mas,
como acreditar se estamos
chegando
ao clímax da decadência?
Antigamente
os descrentes
eram
queimados na fogueira.
Será
que toda unanimidade é inteligente?
E
há os livres pensadores.
Pois
que sejam iluminados!
Será o fim do mundo?
Estando
com umas amigas, uma delas lendo Feriadão em Olinda ( “Fiteiro Cultural”, p.
119): Praia de Olinda/Encontrei com as meninas/ Elas disseram:/ ‘Finalmente nos
encontramos’/ Elas me reconheceram/ Eu que já havia quase desistido/ Com elas
pude mostrar ainda.../ (unidas)/ Mas ao que pude até recordar/ (amando)/ Na
praia de Olinda. Fomos ao Marola Bar, na Beira Mar de Olinda. Lá, ouvimos o
famoso frevo do mestre Capiba, Trombone de prata, na voz de Expedito Baracho
(sua primeira gravação na voz do próprio Expedito, na década de 60): “Ouvi
dizer que o mundo vai-se acabar,/ Que tudo vai pra cucuia,/ O sol não mais
brilhará./ Mas se me derem/ Um bombo e uma mulata,/ E um trombone de prata,/ O
frevo bom viverá....”
As lembranças me
fazem transportar no tempo e fazer vir à memória que, em dezembro de 2009, fiz
um comentário sobre “ O fim do mundo em 2012”, escrito por Bráulio Tavares. A
referida crônica foi publicada no jornal da Paraíba e postada num blog... (Por
motivos óbvios não citarei o nome) e deve ter sido retirada por causa de uma
polêmica sobre o poema pornográfico: “POEMA DA BUCETA CABELUDA”, escrito pelo
mesmo poeta..., mas essa é outra história.
As afirmações
para o fim do mundo, previsto para 2012, segundo os religiosos parece não ser
em vão. O suposto médico e estudioso de alquimia e astrologia, Michel de
Nostredame (Nostradamus), relatou em suas centúrias o fim do mundo para essa
data . Juízo Final, Apocalipse. Para muitas pessoas, é uma verdadeira lenda.
Mas, na crônica o poeta cita John Kappenman, da empresa Meta Tech: “Grandes
correntes elétricas circulam em nossa rede, vindo da Terra através de
conexões-terra em grandes transformadores. Precisamos disso por razões de
segurança, mas as conexões-terra proporcionam entradas para cargas que podem danificar
a rede”. Eu concordo mais com o que o poeta Bráulio Tavares diz: “ O fim do
mundo, entretanto, pode ocorrer de uma maneira mais indireta, sem custar uma
vida humana sequer. Pode ser apenas uma catástrofe tecnológica, que faça nossas
comunicações entrarem em colapso. E a economia. E a governabilidade das nações.
E a produção de alimentos, que, ao fim e ao cabo, é quem define o limite entre
a vida e a morte para bilhões de pessoas.”
Finalizando esta
crônica, até porque não sou cientista, estou ainda curtindo Trombone de prata:
Ouvi dizer que o
mundo vai-se acabar,
(...)Pode
acabar a vergonha,
Pode acabar o
petróleo,
Pode acabar tudo
enfim,
Mas deixem o
frevo pra mim.
Verdade & Mentira
Sofre, como todo mundo sofre!
Cabe-nos estar organizados para
viver bem
Aproveitando a vida como pudermos
Para melhorar a nossa performance.
Bem ou mal, vamos levando a vida
No entanto, sem prejudicar o
próximo
Por isso Jesus, por querer o bem
da humanidade,
Agiu com verdades e mentiras.
O tempo passa, os poderosos
vivem da mentira
(Descaradamente)
Em nome de Jesus, que dizia ser
filho de Deus.
Sem saber nada da Mãe Natureza,
Estaria falando a verdade ou a
mentira?
- Ah, pobres de nós, religiosos,
irreligiosos e ateus!
Recife, 31 de dezembro /2014.
Verdades &
Mentiras de Jesus
Sofre, como todo
mundo sofre!
Cabe-nos estar
organizados para viver bem
Aproveitando a
vida como pudermos
Para melhorar a
nossa performance.
Bem ou mal, vamos
levando a vida
No entanto, sem
prejudicar o próximo
Por isso Jesus,
por querer o bem da humanidade,
Agiu com verdades
e mentiras.
O tempo passa, os
poderosos vivem da mentira
(Descaradamente)
Em nome de Jesus,
que dizia ser filho de Deus.
Sem saber nada da
Mãe Natureza,
Estaria falando a
verdade ou a mentira?
-Ah, pobres de
nós, religiosos, irreligiosos e ateus!
A
poesia acima foi publicada na 1ª edição do livro “Jesus”, p.35 – Ed. esgotada.
O objetivo desta crônica é mostrar o que digo no início:“Não pretendo escrever uma obra
teológica ou tomar partido em conflitos religiosos. Como exemplo de vida, já
fui perseguido por ter o nome do reformador de espírito universal... Foi o movimento que, dividindo os
cristãos do Ocidente no século XVI, originou diversas novas igrejas chamadas
protestantes, as quais não mais seguiriam o comando e a orientação do papa de
Roma... Mas, jamais poderei ser privado de minha liberdade, pois estou
escrevendo universalmente com ousadia “Jesus”. Sem medo, sempre denunciei as
injustiças sociais. Além disso, sempre respeitei a fé cristã , até porque
sempre convivi com pessoas simples e religiosas (pobres do nosso Brasil).
Alguns leitores que me conhecem pessoalmente, sabem do meu comportamento como
ser humano. Quando menino, a minha mãe que dizia ser da Igreja Católica
Apostólica Romana, contava uma história que
em Praga foram tantos os prodígios realizados pelo Menino Deus, que daí se
originou a devoção sob o título de “Menino Jesus de Praga”. A lenda se tornou
tão grandemente maravilhosa, mas eu sinceramente, não acreditava tanto assim no
poder da oração. E também não sentia
certa admiração pelas religiões, principalmente quando muitos nas suas
alienações pregam o evangelho... a questão que penaliza a humanidade “amar ao próximo como
a si mesmo”, desde a sua criação. Jesus soube amar até mesmo os seus inimigos.
A humanidade deveria ser uma grande e harmoniosa família. Na igreja da
Harmonia, em Casa Amarela (anos 50), sempre cantavam a oração de São Francisco
de Assis:
“(...) consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna!”
Um dos seus ensinamentos era assistir a missa aos domingos e
orar o Pai Nosso, fazer ao dormir o sinal da Santa Cruz (esse eu faço
automaticamente até hoje): “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, nosso
Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém”
Fazer o sinal da Santa Cruz, e no final dizer: “Amem”, mas eu
fico analisando que tem gente tão carente que postam e compartilham tanta
besteira no facebook, ainda por cima pedindo o “amém”! A minha mãe evitava
responder as minhas perguntas, que constam no referido livro em forma de
crônicas e poemas: “Liberdade de Expressão”, “Hipocrisias”, “Hipocrisia”,
“Fisionomia de Jesus”, “Quem é Deus?”, “Menino Jesus”, “Será o Fim do Mundo?”,
“Verdade & Mentira”, “Sobre cristologia”, “O nome de Deus em vão” e Teatro.
Sobre cristologia
Entendendo cristologia como a reflexão que, partindo da realidade de
Jesus Cristo e de fé, nos remete para a nossa realidade, digo que a cristologia
da sublime abstração, que é ver o Cristo Sublime, como também Espiritual, não
se compromete com os pobres e se torna muito alienante, pois Jesus Cristo tomou
partido pelos pobres; como também a conferência Latino-Americana em Puebla.
Essa cristologia, que é
representada pelos
grupos
carismáticos, pentecostais, folcolares etc, esquece-se do Jesus histórico e
lembra o Jesus amor. Isto se torna abstração, porque esquece a realidade do
povo de hoje e porque não se compromete com o pobre. Esta cristologia é
comparada ainda quando dita assim: Cristo é o poder, seria de socializar o
poder temporal. Dizer que o poder dos políticos vem de Deus, isto é alienante.
O que mais me chama a
atenção é a pluralidade da Igreja (dos grupos) na época de Jesus, assim como
também o sinédrio. Os grupos que eram os fariseus (judeus que seguiam as leis
de Moisés e se achavam puros. Povo de moral perfeita e por isso eram
admirados); os saduceus (eram a aristocracia. Deste grupo saíam muitos
sacerdotes que faziam parte do sinédrio. Eles faziam o jogo do Império Romano e
acabavam com os movimentos contra o Império, não acreditavam na ressurreição);
os essênios (eram os monges radicais que viviam fora da sociedade. Eles viviam
uma vida perfeita na comunidade); os herodianos (seguiam a política de
Herodes); os zelotes (vinham das camadas mais baixa da sociedade, eram
guerrilheiros contrários radicalmente ao Império Romano).
Analisando o ontem e o
hoje, dizemos que esta pluralidade na Igreja é representada, atualmente, pelos
grupos: jovens, vicentinos, carismáticos, folcolares, que tinham as tendências
diferentes em relação ao trabalho na Igreja de hoje. No que concerne ao
sinédrio (notamos esse, tribunal de judeus), sendo manipulado pelo Império
Romano em conjunto com algumas pessoas de um grupo, como os saduceus.Jesus,
ensinando a alguns saduceus, disse: "Tomai cuidado com os mestres da lei
que gostam de circular por aí com roupas vistosas, de receber saudações nas
praças, de ocupar as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares
nos banquetes, e devoram os bens das viúvas encobrindo tudo isso com longas
orações: serão julgados com o maior rigor!" MC 12:38, 39 et 40.Analisando
este texto, dizemos que os mestres da lei na antiguidade da Igreja eram os
escribas, que hoje na nossa sociedade política (e não religiosa) são os
políticos (os deputados, os senadores, os vereadores e os políticos indiretos).
Com estes escribas, politiqueiros de hoje devem tomar cuidados: são demagogos,
andam elegantes, usam a religião para ganhar votos do povo e jamais
beneficiá-los. Essas viúvas do texto para nós são os pobres, são os índios, que
são roubados e expulsos das terras pela lei dos escribas-políticos, que os
grande tubarões - usam contra esses pobres coitados. Fugindo um pouco do texto,
mas estando nele de maneira crítica, concluo com a parte do Sermão da Montanha,
que diz: "Felizes os famintos e sedentos de justiça porque serão
saciados."
Sepulcro
caiado
Viver
em um país do futebol?
Prisões,
assassinatos, assaltos, eleições,
corrupções,
desempregos, cemitérios dos vivos...
catacumbas
em culto nos dias de finado.
Outras
caiadas ou coloridas
de
terra e flores diversas.
Uma
beleza por fora estão
e
por dentro em estado
de
decomposição.
Lá
fora os grevistas lançavam
um
manifesto esclarecendo
as
razões da greve à população.
Não
há uma união nem amor ao próximo.
Cuja
permissão do sistema
da
polícia e da justiça
se
mostram incapazes de resolver.
O
Brasil é um grande sepulcro caiado,
como
aquela citação bíblica
que
agradou aos guardas que ficaram
tomando
conta onde Jesus foi sepultado.
O
nome de Deus em vão!
Eu vou dizer
Muitos usam o nome de
Deus em vão.
Quem já não leu
Aqueles adesivos nos vidros
Traseiros dos carros?
“Deus me deu de presente”,
“Esse carro é propriedade de Jesus”,
“Esse veículo é guiado por Deus”,
“Deus é fiel...”
Um bem ou mal:
“Deus tá vendo!”
Não paga o que deve:
“Deus lhe pague!”
Pedindo esmola:
“Deus te abençoe!”
Fazer um pedido:
“Se Deus quiser!”
Pedido alcançado:
“Graças a Deus!”
De um perigo eminente:
“Deus me salvou!”
Correndo tudo às mil maravilhas:
“Deus
é pai...”
Termino este trabalho (1-Jesus), com a primeira
Epístola de João 4: 20-21:
“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão,
é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a
Deus, a quem não vê.
Ora, temos da parte dele este mandamento, que
aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.”
2 – Jesus
O meu nome é Jesus Amilov, filho de Onivlakovitch
Amilov de Jesus, o meu pai sempre
dizia que Jesus era um louco em dizer que era filho
de Deus, um Deus criado pelo homem. Eu venho copiando somente as boas ações do
meu xará, tais quais suas palavras de
amor e bondade, sem essa de “graças a Deus”! Nunca ficarei como um cordeirinho,
apenas para agradar grupos de alienados religiosos ou não. A natureza difere do
Deus pregado pelas religiões, e quem pode nos fazer acreditar na existência de um Deus
criado pelo homem? Os próprios religiosos se contradizem. Os dogmas proíbem
falar do lado humano de Jesus Cristo, mas eu falo, mesmo sabendo que isso não
agrada aos alienantes religiosos, irreligiosos e até mesmo aos ateus. Claro que
a manipulação das igrejas primitivas, bem como as igrejas Católica e
Evangélicas, têm como base a criação do mito Jesus. Por exemplo: Um caso que
aconteceu na ditadura militar de 1964 em Pernambuco-Brasil, quando da deposição
de Arraes e o bárbaro espancamento de Gregório Bezerra, este que foi amarrado
e, quase em passeata (sou testemunha que o povo caminhava calado atrás do
cortejo militar do Exército), levaram-no em direção à Praça de Casa Forte
(bairro do mesmo nome em Recife-PE), para ser enforcado em plena praça pública,
por ordem do então major Villocq. O trucidamento foi impedido graças à madre
superiora do colégio Sagrada Família, que telefonou para o Bispo Dom Lamartine e
o mesmo se comunicou imediatamente com o QG do IV Exército, pedindo clemência
ao General Justino Alves, argumentando que não era possível que a cidade
assistisse, passivamente, ao enforcamento. Se o enforcassem, ele também não
seria um mito?
Alguns irreligiosos me consideram um deísta, tal
como Voltaire que afirmou: “acredito no Deus que criou os homens, não acredito
é no deus que os homens criaram”. Bom, como escritor e livre-pensador, leio
livros religiosos, etc, para reflexão filosófica espiritualista (arte ou
ciências).
Já fui impedido de exercer meu direito democrático
de divulgar meu trabalho por ateus ignorantes e preconceituosos...
Povo:
- Esse porra, é lá Jesus?
- Um lascado desse, Jesus voltou...
- Dizem que ele é sobrinho do grande Kalvinovitch,
mais conhecido por “Cristo Mulato”.
- Cristo Mulato escreveu o seu livro com o
pseudônimo de Kalvinovitch Amilov!
– Ele era um homem bom.
– Sofreu muito
por nós.
– Ele amava o
nosso Brasil.
- Ele era poeta e
escreveu para umas ladras que viviam furtando:
Mulher ladra
Tinha o olhar onerado
de colher disputando zangada
mas era caridosa
e
maravilhosa.
A mão leve costumeira, pronta
de beijos e abraços,
os dedos dos pés furtando
a
carteira.
Nua era bem feita,
de chamar atenção.
Se denunciar as autoras daquelas façanhas...
geralmente as vítimas não denunciam!
Ah, minha
amiga
Fizeste-me
reviver
até porque
continuo
na minha
simplicidade,
na luta
literária
com
brincadeiras sadias
sobretudo
com mais EXPERIÊNCIA.
Ah, minha
amiga
eu daqui
te desejo
a oração
de São Francisco:
“(...) que
eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido,
amar que ser amado. Pois é dando, que se recebe, é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna!”
- E as crônicas? Olha uma delas:
Por que Deus?
Vi uma moça perguntando: por que Deus?
Apesar dos avanços da humanidade, a moça continuou a indagar e questionar
a presença de um ser superior entre nós.
Religiosos, irreligiosos ou até mesmo
ateus usam o nome de Deus em vão. São coniventes com a real razão de nossa
existência, a nossa presença e qual a função da vida no planeta Terra.
Para entender essa gente, somente s’
eu morrer? Porque, Deus?
ALTO FALANTE (Voz
de homem) – “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o cristo!, ou: Ei-lo ali!
Não acrediteis; pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais
e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”. (MC – 13:21 e 22)
– Vocês ouviram?
Ele era um falso profeta!
– Ele nunca disse
ser o Cristo Jesus, ele gostava mais que o chamassem de Kalvinovitch.
- Era doido mesmo! Falar mal do governo em praça
pública.
– E ele nunca
enganou ninguém, e morreu defendendo esta pátria realmente há muito tempo mal
governada!
MENINOS (Num só coro) – “Cristo morreu”!
– É o destino de todos nós.
– País de
sofrimento ingrato!
– País dos
corruptos, como são grandes os escândalos...
– Continuaremos a
luta... Aqueles dois majores da polícia provocaram tudo isto! Digo os nomes
deles, sem medo de errar...
– Nem diga, que
me causa nojo os nomes desses imbecis. Não merecem sair no livro de grande
porte. Saindo, é promoção pra eles. Está no prelo o segundo livro de
Kalvinovitch. Sairá lá para outubro ou novembro. Não sai agora por causa destas
propagandas políticas. As editoras gráficas estão cheias de serviço.
- E o teatro,
vamos terminar?
– Vamos, sim. Kalvinovitch fez tudo direitinho,
e pede para você dar prosseguimento aos seus trabalhos com o resultado do novo
governo! ele escreveu pouco sobre os CRISTOS brasileiros.
– Eu já li os
manuscritos dele. São ótimos... eu sou suspeito... O seu quociente de
inteligência (QI) era muito elevado e...
– Ele escreveu
até o mês passado. – dizia o padre.
– O meu dever
será cumprido.
– Sim, você está
pensando bem. Dê continuidade, mesmo. O nosso povo tem que assistir a esta
peça. É de lei.
– Eu estou
esperando as eleições para presidente da República e vamos ver quem será
eleito, se vai ou não fazer um bom governo.
– Deus ouvirá as
nossas súplicas. Aguardaremos. – dizia uma beata.
– Irei, agora
mesmo, buscar o teatro de Kalvinovitch e dar uma pressa no romance. Época de
campanha política é parada, é fogo esta gente...
– É isto aí.
Depois, você me entregue.
– Tchau, gente.
- A Copa do Mundo este ano será em casa, pois este é o País do
Futebol. A presidente já disse que torceu pelo Brasil mesmo presa em plena
ditadura militar.
- É disso que o povo gosta, quem não se lembra
quando o Brasil foi eleito sede da Copa do Mundo 2014?, ninguém protestou.
Estarei relendo, após a Copa, o poema de Carlos Drummond de Andrade “E agora,
José?”
Nota – Alguns trechos extraídos da peça teatral
“O Cristo
Mulato”, ed. 1994, foram encontrados na mochila de
Kalvinovitch apenas são lidos pelos personagens (Onivlakovitch e Berenice).
Recife (Casa Amarela) – Pernambuco – Brasil,
outubro, 2013 / dezembro, 2014/ janeiro 2016.