O
olhar e as Reminiscências
Por
José Calvino
No
passado a praça Rio Branco, também conhecida como Marco Zero (no bairro do
Recife antigo) era aconchegante. Em 30/01/2000, na Folha de Pernambuco,
registrei o meu repúdio aos que fizeram com a referida praça. Foram arrancados
os bancos, as árvores conhecidas como “Coração de Negro”, que abrigavam um
casal de papagaios; e a estátua do Barão do Rio Branco, que ficou de lado para
o mar e não de frente como era anteriormente. O local ficou descampado com uma
grande quadra pintada (ótima para frevar e jogar capoeira). Eu vi, nisso, um
grande desrespeito aos pernambucanos, sobretudo, à natureza. Enfim, cadê os
papagaios?
Domingo,
25 do corrente, no espaço do Carlinhos/Giovanne, comentando sobre as árvores e
bancos que foram arrancados do Marco Zero, relembramos das árvores que haviam
no Morro da Conceição: Oitizeiros, Carolina e “Coração de Negro”. A Prefeitura
do Recife plantou diversas mudas, sobretudo a que ilustra essa crônica e
que foram regadas (sic) por Raul e Cachito.
O Morro
da Conceição e Alto José do Pinho, que sempre eclodiram em efervescência
cultural! Relembramos também dos movimentos independentes que aconteciam na Praça
D. Odete Gomes de Almeida: era um verdadeiro tesouro cultural, com a participação
de alguns de seus habitantes, mesmo sem apoio dos órgãos competentes aos
eventos locais, como consta nas crônicas, livros (livretes), CD’s, etc. Este
ano (2015), surge agora um projeto da Prefeitura do Recife em parceria com a
Fundação Gilberto Freyre, que contempla a Zona Norte no mapa turístico do
Recife, previsto para acontecer até dezembro. Mas, até agora isto não saiu do
papel. E, sem pessimismo, ao meu ver estão querendo é aparecer, pois a
realidade deve ser dita face a qualquer propaganda enganosa. É o meu papel de
escritor e de cronista social, defendendo a liberdade de opinião, pois estamos
cansados de tantas promessas dos governos municipal, estadual e federal.
No
alto, Marco Zero (foto Google).
Embaixo,
o autor próximo à árvore coração-de-negro. Praça D. Odete Gomes de Almeida –
Morro da Conceição – Casa Amarela (foto Janaynna Barbosa, ano 2015).
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