- Novo Ano
- *Por José Calvino
- “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
- dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.”
- Martin Luther King
- · Um Novo Ano se inicia com a maioria do nosso povo, como sempre, entusiasmado com as festividades que o antecedem: shows, réveillon, mentiragens fantasiosas no tocante às áreas de justiça, saúde, educação e segurança. Eu considero, repito, o dia primeiro como o dia mais hipócrita de todos os tempos. Por que esse mesmo povo, nos demais dias não se esforça com a mesma emoção e luta para mudar para melhor o nosso país? Sinceramente, acho importante o Governo Federal investir na autodisciplina a fim de possibilitar a educação da vontade do desenvolvimento das capacidades física, intelectual e a moral da população.
- · A meu ver, sem dar uma solução aos problemas existentes e ainda por cima dizer que o poder dos políticos vem de Deus é uma prática alienante. Conheço gente que faz apologia ao regime ditatorial e ainda quer a volta dos militares. Só mesmo quem não lê e não conhece a história para não saber que no tempo da ditadura Vargas, ou Estado Novo, o regime era apoiado pelas classes médias e por amplos setores das burguesias e que essa mesma ditadura regia uma polícia que agia segundo o regime, não respeitando a cidadania da ingente maioria do povo brasileiro.
- ·
- · Finalizo esta crônica repetindo que a fé popular deve manter-se acima das alianças formuladas em gabinetes refrigerados ou em hotéis de luxo. Os interesses populares devem se sobrepor a todas as alianças e interesses pessoais ou de grupos políticos, sob pena de jogarmos pelo ralo os sonhos e anseios de milhões de brasileiros.Vamos ver para que este ano (2016) seja o momento de enterrarmos séculos de injustiças, com a construção de uma nova pátria. Existe um Programa Estadual de Desburocratização do Governo Federal do Estado. Quando se lê: “Vamos agilizar e simplificar o atendimento ao cidadão”, percebemos claramente que, na prática, alguns setores não tratam, principalmente os pobres, como pessoas cívicas. É inexistente o tratamento digno aos cidadãos! Fazendo-nos distanciar desta politicagem festiva, comemorada por aqueles que só conhecem o País pelo que escutam dele falar, mas que estão alheios e alienados da real verdade de penúria desta gigantesca e injustiçada nação. A qual amamos, idolatramos, chamada Brasil!!!
sábado, 26 de dezembro de 2015
Novo Ano
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Feliz Natal
Foto: Eglantine Mendes
"Amo Amar o Morro"
Na
opinião da comunidade do Morro da Conceição, a decoração natalina
mais
bonita é próxima à Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Verdades & Mentiras de Jesus
Verdades & Mentiras de Jesus
Por José Calvino
Sofre, como todo mundo sofre!
Cabe-nos estar organizados para viver
bem
Aproveitando a vida como pudermos
Para melhorar a nossa performance.
Bem ou mal, vamos levando a vida
No entanto, sem prejudicar o próximo
Por isso Jesus, por querer o bem da
humanidade,
Agiu com verdades e mentiras.
O tempo passa, os poderosos vivem da
mentira
(Descaradamente)
Em nome de Jesus, que dizia ser filho
de Deus.
Sem saber nada da Mãe Natureza,
Estaria falando a verdade ou a mentira?
-Ah, pobres de nós, religiosos,
irreligiosos e ateus!
A poesia acima foi
publicada na 1ª edição do livro “Jesus”, p.35 – Ed. esgotada. O objetivo desta
crônica é mostrar o que digo no início:“Não pretendo escrever uma obra teológica ou tomar partido
em conflitos religiosos. Como exemplo de vida, já fui perseguido por ter o nome
do reformador de espírito universal... Foi o movimento que, dividindo os
cristãos do Ocidente no século XVI, originou diversas novas igrejas chamadas
protestantes, as quais não mais seguiriam o comando e a orientação do papa de
Roma... Mas, jamais poderei ser privado de minha liberdade, pois estou
escrevendo universalmente com ousadia “Jesus”. Sem medo, sempre denunciei as
injustiças sociais. Além disso, sempre respeitei a fé cristã , até porque
sempre convivi com pessoas simples e religiosas (pobres do nosso Brasil).
Alguns leitores que me conhecem pessoalmente, sabem do meu comportamento como
ser humano. Quando menino, a minha mãe que dizia ser da Igreja Católica Apostólica
Romana, contava uma história que em Praga foram tantos
os prodígios realizados pelo Menino Deus, que daí se originou a devoção sob o
título de “Menino Jesus de Praga”. A lenda se tornou tão grandemente
maravilhosa, mas eu sinceramente, não acreditava tanto assim no poder da oração.
E também não sentia certa admiração
pelas religiões, principalmente quando muitos nas suas alienações pregam o
evangelho... a questão que penaliza a humanidade “amar ao próximo como a si
mesmo”, desde a sua criação. Jesus soube amar até mesmo os seus inimigos. A
humanidade deveria ser uma grande e harmoniosa família. Na igreja da Harmonia,
em Casa Amarela (anos 50), sempre cantavam a oração de São Francisco de Assis:
“(...) consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida
eterna!”
Um dos seus ensinamentos era assistir
a missa aos domingos e orar o Pai Nosso, fazer ao dormir o sinal da Santa Cruz (esse
eu faço automaticamente até hoje): “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus,
nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém”
Fazer o sinal da Santa Cruz, e no
final dizer: “Amem”, mas eu fico analisando que tem gente tão carente que
postam e compartilham tanta besteira no facebook, ainda por cima pedindo o
“amém”! A minha mãe evitava responder as minhas perguntas, que constam no
referido livro em forma de crônicas e poemas: “Liberdade de Expressão”, “Hipocrisias”, “Hipocrisia”, “Fisionomia
de Jesus”, “Quem é Deus?”, “Menino Jesus”, “Será o Fim do Mundo?”, “Verdade
& Mentira”, “Sobre cristologia”, “O nome de Deus em vão” e Teatro.
domingo, 13 de dezembro de 2015
Festival Internacional de Poesia não acontecerá mais no Recife
- No alto, o autor.
- Embaixo, o autor, com Zé Belo do Morro (falecido).
Fotos do poeta Clóvis Campêlo.
Festival Internacional de Poesia não acontecerá mais no Recife
Por José Calvino
A Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco construiu a
primeira edição do Festival Internacional de Poesia do Recife (Fip), de 07 a 10
de junho de 2012. Foram muitos os diálogos, rodas de poesia entre escritores e
poetas estrangeiros e brasileiros, especialmente convidados pelo Governo do
Estado!
Houve shows de forró para a “chama” do povão. Foi excitante
ver a jovem platéia, dançando muito forró ao som da zabumba, triângulo e
sanfona, mas o barulho incomodou os palestrantes estrangeiros. Toda a
programação foi gratuita. Além das apresentações na Torre Malakoff, o Fip também
visitou os mercados públicos da Madalena e da Boa Vista, ainda com muito forró ( tradicionais no Nordeste e acontecem durante todo o mês de junho).
Infelizmente, mais uma vez promoveram, com isso, os politiqueiros do nosso
País.
Independentemente,
ainda com disposição, não poderia deixar de registrar aqui o feriadão que
coincidiu com o festival. Como sempre, fiz o que gosto: “ouvir a voz do povo”.
Parti, então, com o Fiteiro Cultural, para o Morro da Conceição levando poesia,
teatro e livros para o novo público. Devo agradecer aos leitores do Morro, sem
os quais não teria força para continuar nesta luta literária que é o
drama do livro ( que corre o risco de desaparecer) e da leitura.
Não sou de recitar poesias, mas em virtude da solidariedade dos leitores menos iletrados, a Rádio Comunitária e Cultural Impacto FM (‘104,1) transmitiu eu declamando Civilidade e Imbecil (Da série “Homens sempre têm Grandes Inimigos Imbecis”):
1 – Civilidade:
Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.
Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.
Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
as idéias claras a respeito.
Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.
Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.
Minha arma é a caneta
minha tranqüilidade permanece
sem obrigação...
minha tranqüilidade permanece
sem obrigação...
a uma ação, ou comportamento.
Não é de hoje
não cabia.
Deveria.
Não é de hoje
não cabia.
Deveria.
2 – Imbecil:
Ébrios, desempregados,
prostitutas...
Gente sofrida
sem ter escolhido
Ébrios, desempregados,
prostitutas...
Gente sofrida
sem ter escolhido
aquela vida.
Imbecil!
Tua língua ferina
discriminando-os, por quê?
Com o tempo ninguém
te dará atenção.
Imbecil!
Agora diz: Oh, Cristo!
Onde estás
que não me vês?
Ou todos nós, juntos,
somos vós?
Imbecil!
Tua língua ferina
discriminando-os, por quê?
Com o tempo ninguém
te dará atenção.
Imbecil!
Agora diz: Oh, Cristo!
Onde estás
que não me vês?
Ou todos nós, juntos,
somos vós?
E assim terminou domingo com a proposta de incluir no circuito dos
festivais internacionais, como os que acontecem na América Latina e Europa. Infelizmente
o evento não acontecerá mais, como informou o secretário de cultura de
Pernambuco, em entrevista ao Jornal do Commercio. O FIP se consolidou como um
raro festival dedicado à poesia no Brasil. A notícia surge em meio a cortes (como
sempre) no setor cultural do Estado.
1 – Extraído do livro Fiteiro Cultural, pp. 67-8. Edição 2011.
2 – (Fiteiro Cultural, pp. 44-5. Edição 2011).
*
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Intolerância contra a corrupção
Brasília-DF
Intolerância contra a corrupção
*Por José Calvino
Recentemente, alguns colegas e amigos do bairro de Casa
Amarela comentavam
entre si:
- Se você estivesse lá, não comia não? – disse um apelidado
de vereador, em acordos com seus amigos.
- Por isso fica difícil reverter esse quadro e mudar o rumo
do nosso país. Vocês são tolerantes e a favor da corrupção. Ao meu ver, está
existindo uma pequena mudança no nosso
Brasil, no tocante à intolerância contra a corrupção. Os escândalos que estamos
assistindo não são os primeiros e muitos de vocês indo na onda
dos politiqueiros da pior espécie, que querem pegar carona na crise – disse
Azambujanra.
Amigos, concordo em número, gênero e grau com o que meu amigo
Azambujanra disse. Nos outros governos, principalmente nas ditaduras Vargas, ou
Estado Novo e Militar, os regimes eram apoiados pelas classes médias e por
amplos setores das burguesias e essas
mesmas ditaduras regiam uma polícia que agia segundo os regimes, não
respeitando a cidadania da ingente maioria do povo brasileiro (não houve
prisões de amigos milionários e autoridades). A Justiça sempre foi conivente
porque sempre envolvia como beneficiários os poderosos (grupos empresariais).
Cadê o “sem preconceito de raça, cor ou credo”, do Direito Internacional dos
Direitos Humanos, constituído em 1948 pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos? O nosso povo não tem o hábito de ler e relembro sempre que, até hoje,
nenhum governo investiu decentemente na educação, saúde e emprego digno,
resultando disso um povo alienado, que não lê sequer jornal. A televisão no
regime do caudilho gaúcho Getúlio Vargas, não existia e só surgiu durante o
regime militar. Mas, mesmo assim, com uma rigorosa censura, e nos meios de
comunicação havia a figura de um oficial militar controlando o que deveria
publicar no interesse do próprio governo. Hoje, pouco mudou e praticamente o
povo só toma conhecimento quando eles (as autoridades) não podem mais esconder.
E, assim mesmo, atualmente, é como o meu amigo Azambujanra disse: “está tendo
uma pequena mudança no nosso País”.Não é com isso que já reagiram e mudaram, pois
existem ainda as “pequenas corrupções” cotidianas a exemplo de: Jogos de Azar: apostas, loteria
federal, jogo do bicho, bingos, rifas, et cétera. Multar o governo é uma piada
sem graça ou receber através da Justiça gratificação, conforme direito
adquirido por lei. Alguns “líderes” entram em acordo com o governo e abatem valores
sem autorização dos beneficiados pela lei. Um absurdo! Processar as grandes
empresas, a justiça não funciona com imparcialidade, a exemplo de uma
simples marcação de consulta médica:
péssima, arcaica e desrespeitosa. O atendimento hospitalar é ainda pior,
realmente não estão cuidando da saúde do nosso povo. Um exemplo é o Hospital da
Polícia Militar de Pernambuco, que se encontra sucateado, com a maioria dos
reformados e da reserva sendo atendidos
pelo SUS (tirando a vez dos que não têm condições de pagar um plano de saúde).
E, sinceramente, não existe nada mais
inútil do que os “disque-qualquer coisa”do serviço público, diante de se furar
fila, apadrinhamento nos concursos públicos, principalmente em época de
eleições, et cétera.
É o meu papel de escritor e de
cronista social denunciar as injustiças sociais, defendendo a liberdade de
opinião, pois estamos cansados de tantas politicagens. Em minhas observações eu
só vejo o nome de Dilma como alvo de discussão. Mais uma vez relembro que os
três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) há anos estão corrompidos e
que os cidadãos estão reféns dos desmandos de quem deveria defender seus
direitos. O Ministério Público, por exemplo, não vejo até agora resolver nada
que o cidadão manifesta contra o descumprimento
das leis e das “pequenas”
corrupções por parte dos governos Federal, Estadual e Municipal. O que
dirá das “grandes” corrupções por parte das grandes empresas e governo.
No tocante à hospedagem da
presidenta Dilma em Paris, não vejo motivos para criticas, até porque, sempre
os seus antecessores viajaram e se hospedavam, será que era em “puteiros”?
Aliás, acho uma tremenda hipocrisia o que aconteceu ontem, o presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha abrir pedido de impeachment contra a
presidenta Dilma como forma de retaliação ao seu pedido de cassação pelos
colegas parlamentares, enquanto não existe nenhuma prova que a envolva em casos
de corrupção, quando contra ele cascatas de provas se revelam a cada dia. Esse
é um exemplo real de abuso em um poder corrompido.
Se há risco de “vexame
internacional”, com corte de R$ 1,74 bilhão no Orçamento do Poder Judiciário,
que publicou portaria acabando com a votação eletrônica, prefiro finalizar esta
crônica relembrando do panorama político de antigamente, tempo em que os
analfabetos não votavam, havia muitas fraudes eleitorais, muitos
cabos-eleitorais tiravam títulos de eleitor dos analfabetos e votavam por eles
em diversas zonas eleitorais conduzidos pelos seus corruptos candidatos. Os
eleitores alfabetizados escreviam nas chapas o nome dos seus candidatos
preferidos. Nos anos 50, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, a maioria do
eleitorado votou num bode chamado Cheiroso. Foi um sucesso. O município era
conhecido como Moscouzinho devido à sua tendência à política vermelha. Agora para
a eleição de 2016, vamos escrever nas chapas: “sanguessugas” ou “chupa-cabras”.
Mas, como o país está cheio de analfabetos e semi-analfabetos, irão escrever o
quê?
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Olho na Presidenta III
Olho na Presidenta III
Por José Calvino
Dilma Vana Rousseff (PT), a primeira mulher a ser eleita presidente da
República. Apoiada por Lula, esteve nos mais de sete anos de governo do
presidente, primeiro como ministra de Minas e Energia e, a partir de 2005, como
chefe da Casa Civil. Dilma defendeu posição desenvolvimentista, o que gerou
atritos com a equipe econômica e a área ambiental do governo.
Dilma deveria ter ficado atenta à trajetória dos políticos,
porque suas alianças comprometeram, e muito, o futuro em prol do social.
O Governo Federal, através do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e o Governo do Estado de Pernambuco estavam executando os
serviços de pavimentação e drenagem nas ruas Maria Augusta de Souza, Lauro de
Souza, União dos Palmares e Maracajá, no bairro de Campo Grande, Recife, sob a
coordenação da Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB). Acontece que,
as referidas obras estão paradas . Dilma Rousseff foi eleita presidenta da
República. O PAC Lula a escolheu para gerenciá-lo, mas será que a CEHAB
juntamente com o Governo do Estado darão continuidade às obras? Cadê os milhões de reais, isto
é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos
federal, estadual e municipal gastaram? Estamos no final do ano (2015) e, até
agora permanecem caladinhos!
Eu só vejo o nome de Dilma como
alvo de discussão e muitos indo na onda dos politiqueiros que querem pegar carona na
crise com a queda da presidenta.
Enfim, mais uma vez, termino
esta crônica com a poesia intitulada “Olho na Inflação”:
A inflação sempre andou solta
Lembro do corte dos três
zeros...
Assim, ficou cruzado novo
Mas, o confisco foi horrível e
colorido.
Dizem que a corrupção anda solta
Que o conto de réis foi bom
E o cruzeiro antigo, também
E eu não tinha um vintém.
O povo fala na carestia
Os poderosos na hipocrisia
Só escritores podem sentir esse
carnaval:
Pobreza, miséria... o “escambau”!
Porém, em função da inflação
O real o povo quer
E os ricos que diabo são?
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Lava Jato II
Lava Jato II
Por José Calvino
Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff euforicamente demonstrou muito otimismo sobre as conseqüências das investigações da Polícia Federal na operação Lava Jato. A presidenta disse que a mudança seria no sentido de que iria acabar com a impunidade que vem acontecendo há muito tempo no país, ressaltando:“A questão da Petrobras é simbólica para o Brasil. Acho que é a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos”. Realmente é verdade, mas, ao meu ver após as investigações policiais, ela mostrará mais eficiência se for rápida na execução das penas cabíveis (como já vem acontecendo). Destaco ainda a relevância de se acelerar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 300-A de 2008, que trata da unificação das polícias em todos estados do Brasil.
Outrossim, para o conhecimento dos brasileiros e brasileiras é bom relembrar que a minha amiga Dilma Carrasqueira, que vem acompanhando as minhas denúncias através da imprensa, sobretudo pelos jornais referentes à paralisação das obras do PAC me disse que em 2011 a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) deixou de realizar algumas obras do bairro de Campo Grande-Recife e que as mesmas não foram concluídas porque o projeto foi readequado estando em análise na Caixa. Cadê os milhões de reais, isto é, os R$ 19 milhões restantes, com mais R$ 7.318.810,53 que os governos federal, estadual e municipal gastaram? Um representante da Cehab disse em entrevista na TV que tudo estaria concluído naquele ano. Mas, em 2013, a Assessoria de Imprensa da Cehab informou que estava em andamento, com conclusão prevista para setembro de 2014. As eleições passaram, a equipe social do governo informou que a demora na conclusão foi devida à falta de matéria prima no País.
Ora, isto tudo sugere o que? Como o ex-governador Eduardo Campos, que já foi envolvido no Escândalo dos Precatórios, no governo Arraes, e foi um curinga no jogo da sucessão presidencial, morreu após acidente de aviação em Santos..., pode ter recebido também R$ 10 milhões do esquema de desvio de dinheiro na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, segundo a reportagem da Folha de São Paulo de 03/03/2015. O dinheiro que teria sido pago ao ex-governador entre os anos 2010/2011, seria parte de uma propina de R$ 30 milhões que a Odebrecht teria pago... Para conclusão, as obras (sic) foram paralisadas pela crise na Petrobras com as denúncias da Lava Jato. Proponho uma nova operação, desta feita com a polícia unificada, podendo chamá-la de “Pente Fino” ou mesmo continuar no Lava Jato.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Final de semana
Fotos: Elaine Bezerra & Francielly Karine
Mais um final de semana maravilhoso:
Oh!Linda cidade (Olinda, um lindo visual quando visto de cima dos morros). A praia em alguns trechos de pedras de contenção do calçadão e com um tímido espaço de areia!!!
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Macarronada à Brigadeiro
Macarronada à Brigadeiro
Por José Calvino
“ Uma colher de sopa de chocolate 'dos padres' (os consumidores
batizaram porque a embalagem reproduzia um detalhe da tela do pintor Alssandro
Sani, retratando dois monges católicos sorridentes); 1 lata de leite Moça (porque
na embalagem havia a figura de uma vendedora de leite, aliás que permanece até
hoje); Manteiga nas mãos para não grudar; Leva ao fogo em caçarola, sempre
mexendo e retira do fogo deixando esfriar fazendo bolinhas e passando confeitos
nas miçangas brancas e coloca nas forminhas de papel.”
A receita de brigadeiro acima encontrada no baú de lembranças de
minha esposa Maura Correia é, e sempre será, uma das paixões nacionais pelos
doces, herdada dos portugueses. Existem diversas versões, mas por que o nome do
docinho é “Brigadeiro”?
Algumas pesquisadas apontam que: “O doce teria sido inventado no
Rio Grande do Sul. Até hoje, lá é o único Estado (sic) que ainda chama o
brigadeiro de negrinho. O mesmo foi promovido a brigadeiro em 1945, quando o militar e
político Eduardo Gomes (1896-1981) disputou com Eurico Gaspar Dutra a
Presidência da República, sendo derrotado nas votações. Voltou a disputar a
presidência, em 1950, perdendo novamente a eleição para o caudilho gaúcho
Getúlio Vargas. No seu slogan editorial, dizia: ‘Vote no brigadeiro, que é
bonito e solteiro’, mas, não obteve os votos satisfatórios para a vitória,
mesmo tendo fascinado as brasileiras. As
cariocas por exemplo, lideradas por uma
jovem de nome Heloisa Nabuco, pertencente a uma tradicional família do Rio de
Janeiro, fez tudo para homenagear o amigo. Elas
faziam campanha política com os ‘negrinhos’, vendendo-os pelo nome de
‘brigadeiro’, em benefício do fundo de campanha...”
Bem, caros leitores,vamos deixar os deliciosos docinhos pra lá. A
frase que dá o título a esta crônica é óbvia, até porque me lembro bem dos meus
velhos tempos de estudante (anos 50/60), quando os alunos e boêmios do Recife,
no final das aulas e das farras, pediam nos botecos a inesquecível Macarronada
à Cavalo, servida no prato um macarrão branco, tendo por cima dois ovos fritos
e molho de tomate. Quando a gente estava com pouco dinheiro, pedíamos a
iguaria, com a diferença de que naquela condição financeira o que vinha por
cima do macarrão era apenas um ovo. Os anarquistas e adversários políticos do
brigadeiro Eduardo Gomes logo arrumaram um jeito de parodiar a situação e
diziam comparando que, em 1922, durante a revolta dos 18 do Forte de
Copacabana, um tiro havia atingido os seus testículos, ficando o mesmo com um
só ovo. Por isso a macarronada ficou conhecida pelo nome: Macarronada à
Brigadeiro.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Mangue II*
Mangue II*
Por José Calvino
“(Lá no mar)
Vi dois siri jogando bola
(Lá no mar)
Vi dois siri bola jogar...”
( Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
Azambujanra é um amigão. Bom, mesmo. Deixou de beber e fumar, mas a casa dele em Olinda vive na maior tranqüilidade, próxima ao Espaço Ciência, localizado no Complexo de Salgadinho, Parque Memorial Arcoverde, em Olinda. Antes, vivia cheia de “amigos”, como já cantava Nelson Gonçalves: “Amigo, palavra fácil de pronunciar. Amigo coisa difícil de se encontrar...” Azambujanra sempre foi um defensor ferrenho dos manguezais. Colaborou com o meu CD, Miscelânea Recife (mistura do que existe para presente e futuro), composto por trinta e um itens, entre Abertura, historietas, poesias, crônicas, personagens folclóricas e músicas, com produção executiva, direção, execução dos equipamentos (computadores e teclados) confecção do CD e projeto gráfico de meu filho, Euclides de Andrade Lima.
Bem, preciso voltar ao assunto novamente, agora pra mostrar que Azambujanra é um artista com as mãos (sobretudo os dedos), de um artesão solitário, com muito amor, com a paciência e dedicação à produção de caranguejos, amoré, aratu, siri, chié e muitas espécies de aves que são habitantes temporárias dos manguezais. Os guarás, as garças, maçaricos... tudo, enfim, feito de garrafas plásticas, tampas de garrafa, palitos de picolé (arte & reciclagem), todos esculpidos à mão. De repente surge um piquenique, vindo da Praia Mangue Seco, Igarassu em direção ao Morro da Conceição, bairro de Casa Amarela, Recife. Houve engarrafamento na subida do Morro, um caos. Igualmente quando foi apresentado ao público o meu CD, Miscelânea Recife (mistura do que existe para presente e futuro). Azambujanra, sou grato pela sua atenção e a quem interessar possa, permita-me:
Mangue*
Ouvi dois caranguejos/ Cantando no mangue/ No brejo perto do Chupa e do mar: Mangue, mangue,/ Mangue, mangue,/ Mangue, mangar/ Mangão, você?/
Está vegetando, destruindo a flora/ E a fauna dos mangues./ E ainda por cima mangando da gente!/ Mangue, mangue mais/ Animal racional. Chupa, chupa... Humanidade// A draga chupa, chupa.../ Sem parar/ Chico Ciência ainda vive/
No nosso coração/ Defendendo os animaizinhos/ Que vivem nos mangues/ Irracionalmente// Animalzinho irracional/ Sofrendo com decisões irracionais/ Dos racionais.//Aterrando os mangues!/ A draga chupando/ Mangue, mangue... (Bis) Na década de 50/ Existia meios para os pobres sobreviverem/ Vários lugares foram aterrados: Santo Amaro, Coque, Campo Grande...
Mangue, mangue... (Bis)
* Em homenagem a ‘Chico Science’ – Lembrança da Semana do Manguezal – Espaço Ciência, Parque Memorial Arcoverde, Olinda, 13/14/out/1997 – p. 72 do livro “O Pai do Chupa”, edição 1995.
Gravado em CD "Miscelânea Recife", item 29 "Mangue" – fev/mar/2003.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Amor boêmio
Paris-França, agosto 1997.
Foto do francês François Poivret.
Amor boêmio*
Por José Calvino
Franci, de pele morena,
Sorria alegre como sempre
Lembrando dos nossos corpos nus
Saciando os nossos desejos, morena.
Franci, viver contente a vida inteira
O teu cheiro está impregnado
No meu corpo, morena!
Tu és divertida e gosto do teu jeito de ser.
Franci, fico com saudade
Dos beijos que dei em tua
boca
Incorporar-te na linda francesa?
O melhor da vida é o amor.
Franci, só você está conseguindo
Me tirar desta vida de boemia
- Importante é o nosso amor, meu bobo.
Fica tão engraçada me chamando de bobo.
Obs.: O nome Franci é para
meninas, originado da cultura Latino, Franci significa de França.
*A palavra Boêmio, na França, é uma invenção do americano David
Brooks, comentarista político e cultural do The New York Times (sic). É muito
utilizada na mídia e é muito relacionada aos moradores de Paris. Ela significa
O Burguês-Boêmio, dito o “Bobo”. A palavra vem da contração de duas palavras
(Bourgeois-Bohème).
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