Na foto aparecem, da esquerda para a direita, o autor, Francielly Karine (neta da aniversariante) e Wilson, seu avô.
Aniversário de Sofia
Por José Calvino
Por José Calvino
Domingo, foi uma festa de arromba no Morro da
Conceição, área de ar mais puro do Recife. Maria Aldacir Pereira, mais
conhecida por “Sofia” (por ter alguns traços parecidos com os da atriz italiana
Sophia Loren), comemorou o seu aniversário no novo espaço, o Bar de Sofia. O
meu amigo Azambujanra, como um bom observador, aliás, ele é um notívago que conhece
todos os bares da cidade, foi assim que
foi convidado pelo amigo Wilson do Morro para animar a festa. Solícito, ele foi conhecer o novo espaço.
Azambujanra faz parte de uma espécie cada dia mais rara de folclorista, um tipo como um Câmara Cascudo ou Mário Souto
Maior. Na hora do parabéns pra você, Azambujanra pediu para todos se levantarem
e cantar com a melodia diferente da
tradicional. Após o “Parabéns...”, fomos apresentados a um metido a engraçado,
trajando uma camisa branca com os dizeres “Professor Sexual”. Seu sotaque sugeria
a origem paulista, entretanto, nasceu em Timbaúba interior de Pernambuco. Já a
aniversariante se orgulha de ter nascido no Morro da Conceição. Parabéns,
Sofia. O metido a engraçado começou a recitar uma poesia dizendo ser de sua
autoria: “(...) O amor não tem pressa/ Ele pode esperar em silêncio/ Num fundo
de armário,/ Na posta-restante,/ Milênios, milênios/ No ar// E quem sabe
então...”.
Eu sei, é de Chico Buarque, entrecortou Azambujanra, fazendo os presentes
rirem. Wellington, filho da aniversariante e de Wilson, pede então que Azambujanra comece a animação e ele, com a mesma performance de 2006, quando foi a
estrela de uma festa de confraternização no Zezim Bar em Casa Amarela. Inteligentemente
deu continuidade a “Futuros Amantes”, de Chico Buarque. Juntei-me a ele e, a
quem interessar possa, segue a reprodução, em resumo, do show,
gratuita:
Misturei “O Ébrio”, de Vicente Celestino, com
“Maracatu Barco Virado”.
“Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer/ Aquela
ingrata que eu amava e que me abandonou...”.
- Olha que batuque, minha gente... – Azambujanra na
brincadeira começou a falar estrambólico: “ Reck lay mil rex luna chevoley hal
perst raí lok sir dave money Calvin...”
A propósito, silenciamos. Percebi que o público gostou
de determinado momento, quando contávamos algumas historietas do meu CD
Miscelânea Recife: “Samba de um calouro”, “Almas penadas”, “Personagens
folclóricas”, etc. O meu amigo Azambujanra preocupado, então cantou Casa
Amarela: “Recife cidade linda/ De uma natureza infinda/ Do nordeste do meu
Brasil/ Tens um subúrbio afastado/ Com tantas belezas mil: Casa Amarela...”
Recitamos Morro e Balas perdidas e também cantamos
muito frevo e samba em homenagem aos compositores pernambucanos. Finalizamos
com um parabéns pra Sofia pelo seu sucesso, sempre na medida certa.
Poeta,Escritor e nas horas vagas Compositor,nosso respeito e admira�o pela seu empenho a valoriza�o no Nosso Querido e saudoso MORRO DA CONCEI��O
ResponderExcluirRIO DE JANEIRO / OUTUBRO 2012