Anos Novos
Por José
Calvino
“Não cai
uma folha da árvore se Deus não permitir”
“Jesus na
noite em que foi preso esteve orando, pedindo a Deus que não o deixasse morrer.
Havia um propósito de Deus para a morte de Jesus, que era para nos Salvar”
As frases
acima são mais conversa fiada para os incultos sobre religião. Domingo em minha
residência, eu estava conversando, como faço sempre, com minha amiga da velha
guarda, Dilma Carrasqueira. Ela chorando
me contou que sempre rega o seu jardim e, aproveitando o ensejo, também molha o
da sua vizinha que se diz evangélica e
que havia passado a semana de festa fora de casa. Ao retornarem (ela e esposo),
ela arrancou as plantas que havia no seu jardim sob alegação de que as mesmas
ficaram com as folhas todas rasgadas e o seu terraço todo molhado. Dilma
explicou que deveria ter sido as recentes chuvas com ventania, como a helicônia
que detesta ventania. Relembramos o meu gato
de estimação e aproveitando registro aqui que psicologicamente nesta época de
ano fico arrasado.
Guduguinho
(meu gato, na foto), ao que tudo indica que morreu em 31 de dezembro de
2011, às 20:00 hs. A causa mortis, não procurei saber, mas os bichanos sempre
são vítimas de algum veneno colocado pelos que não gostam de gatos ou
cachorros, mas que certamente não gostam de si mesmos. Um crime difícil de se flagrar, sendo os autores da
maldade, quase sempre comerciantes ou moradores (geralmente religiosos), a exemplo de um dos meus
vizinhos (sic), que sempre alegam ter
tido a intenção de matar os ratos (esse último, uma peste, tudo bem). No ano
passado, um dos suspeitos (que se diz católico!) cortou árvores e plantas para
construção de uma garagem e aumentou a altura do muro. No terraço ele colocou
uma árvore de Natal com lã e pisca-pisca.
Nos seus dois carros constam aqueles adesivos: “Esse carro é propriedade de
Jesus” e “Esse veículo é guiado por Deus”! Quinta-feira, véspera
de ano novo, logo cedo, (cerca 19:00 h),
começaram a soltar fogos diversos de
artifícios e bombas de grande porte. Como podemos dormir bem,os animais se assustam com as festividades de virada do ano, com os fogos e zoadas da meninada? Agora é assim!
Finalizo esta crônica repetindo que podemos assim, eleger as
festividades de final de ano, como o dia mais hipócrita de todos os tempos. Eis
que chega o ano novo, pessoas literalmente embriagadas confraternizam-se com falsos
abraços e beijos, sem mudanças e esperanças , elegendo estas festividades no
pseudo intuito de uma melhor relação entre os seres humanos, tendo ainda o
disparate de desejo de um Feliz Ano Novo!!!
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