- Novo Ano
- *Por José Calvino
- “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
- dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.”
- Martin Luther King
- · Um Novo Ano se inicia com a maioria do nosso povo, como sempre, entusiasmado com as festividades que o antecedem: shows, réveillon, mentiragens fantasiosas no tocante às áreas de justiça, saúde, educação e segurança. Eu considero, repito, o dia primeiro como o dia mais hipócrita de todos os tempos. Por que esse mesmo povo, nos demais dias não se esforça com a mesma emoção e luta para mudar para melhor o nosso país? Sinceramente, acho importante o Governo Federal investir na autodisciplina a fim de possibilitar a educação da vontade do desenvolvimento das capacidades física, intelectual e a moral da população.
- · A meu ver, sem dar uma solução aos problemas existentes e ainda por cima dizer que o poder dos políticos vem de Deus é uma prática alienante. Conheço gente que faz apologia ao regime ditatorial e ainda quer a volta dos militares. Só mesmo quem não lê e não conhece a história para não saber que no tempo da ditadura Vargas, ou Estado Novo, o regime era apoiado pelas classes médias e por amplos setores das burguesias e que essa mesma ditadura regia uma polícia que agia segundo o regime, não respeitando a cidadania da ingente maioria do povo brasileiro.
- ·
- · Finalizo esta crônica repetindo que a fé popular deve manter-se acima das alianças formuladas em gabinetes refrigerados ou em hotéis de luxo. Os interesses populares devem se sobrepor a todas as alianças e interesses pessoais ou de grupos políticos, sob pena de jogarmos pelo ralo os sonhos e anseios de milhões de brasileiros.Vamos ver para que este ano (2016) seja o momento de enterrarmos séculos de injustiças, com a construção de uma nova pátria. Existe um Programa Estadual de Desburocratização do Governo Federal do Estado. Quando se lê: “Vamos agilizar e simplificar o atendimento ao cidadão”, percebemos claramente que, na prática, alguns setores não tratam, principalmente os pobres, como pessoas cívicas. É inexistente o tratamento digno aos cidadãos! Fazendo-nos distanciar desta politicagem festiva, comemorada por aqueles que só conhecem o País pelo que escutam dele falar, mas que estão alheios e alienados da real verdade de penúria desta gigantesca e injustiçada nação. A qual amamos, idolatramos, chamada Brasil!!!
sábado, 26 de dezembro de 2015
Novo Ano
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Feliz Natal
Foto: Eglantine Mendes
"Amo Amar o Morro"
Na
opinião da comunidade do Morro da Conceição, a decoração natalina
mais
bonita é próxima à Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Verdades & Mentiras de Jesus
Verdades & Mentiras de Jesus
Por José Calvino
Sofre, como todo mundo sofre!
Cabe-nos estar organizados para viver
bem
Aproveitando a vida como pudermos
Para melhorar a nossa performance.
Bem ou mal, vamos levando a vida
No entanto, sem prejudicar o próximo
Por isso Jesus, por querer o bem da
humanidade,
Agiu com verdades e mentiras.
O tempo passa, os poderosos vivem da
mentira
(Descaradamente)
Em nome de Jesus, que dizia ser filho
de Deus.
Sem saber nada da Mãe Natureza,
Estaria falando a verdade ou a mentira?
-Ah, pobres de nós, religiosos,
irreligiosos e ateus!
A poesia acima foi
publicada na 1ª edição do livro “Jesus”, p.35 – Ed. esgotada. O objetivo desta
crônica é mostrar o que digo no início:“Não pretendo escrever uma obra teológica ou tomar partido
em conflitos religiosos. Como exemplo de vida, já fui perseguido por ter o nome
do reformador de espírito universal... Foi o movimento que, dividindo os
cristãos do Ocidente no século XVI, originou diversas novas igrejas chamadas
protestantes, as quais não mais seguiriam o comando e a orientação do papa de
Roma... Mas, jamais poderei ser privado de minha liberdade, pois estou
escrevendo universalmente com ousadia “Jesus”. Sem medo, sempre denunciei as
injustiças sociais. Além disso, sempre respeitei a fé cristã , até porque
sempre convivi com pessoas simples e religiosas (pobres do nosso Brasil).
Alguns leitores que me conhecem pessoalmente, sabem do meu comportamento como
ser humano. Quando menino, a minha mãe que dizia ser da Igreja Católica Apostólica
Romana, contava uma história que em Praga foram tantos
os prodígios realizados pelo Menino Deus, que daí se originou a devoção sob o
título de “Menino Jesus de Praga”. A lenda se tornou tão grandemente
maravilhosa, mas eu sinceramente, não acreditava tanto assim no poder da oração.
E também não sentia certa admiração
pelas religiões, principalmente quando muitos nas suas alienações pregam o
evangelho... a questão que penaliza a humanidade “amar ao próximo como a si
mesmo”, desde a sua criação. Jesus soube amar até mesmo os seus inimigos. A
humanidade deveria ser uma grande e harmoniosa família. Na igreja da Harmonia,
em Casa Amarela (anos 50), sempre cantavam a oração de São Francisco de Assis:
“(...) consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida
eterna!”
Um dos seus ensinamentos era assistir
a missa aos domingos e orar o Pai Nosso, fazer ao dormir o sinal da Santa Cruz (esse
eu faço automaticamente até hoje): “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus,
nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém”
Fazer o sinal da Santa Cruz, e no
final dizer: “Amem”, mas eu fico analisando que tem gente tão carente que
postam e compartilham tanta besteira no facebook, ainda por cima pedindo o
“amém”! A minha mãe evitava responder as minhas perguntas, que constam no
referido livro em forma de crônicas e poemas: “Liberdade de Expressão”, “Hipocrisias”, “Hipocrisia”, “Fisionomia
de Jesus”, “Quem é Deus?”, “Menino Jesus”, “Será o Fim do Mundo?”, “Verdade
& Mentira”, “Sobre cristologia”, “O nome de Deus em vão” e Teatro.
domingo, 13 de dezembro de 2015
Festival Internacional de Poesia não acontecerá mais no Recife
- No alto, o autor.
- Embaixo, o autor, com Zé Belo do Morro (falecido).
Fotos do poeta Clóvis Campêlo.
Festival Internacional de Poesia não acontecerá mais no Recife
Por José Calvino
A Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco construiu a
primeira edição do Festival Internacional de Poesia do Recife (Fip), de 07 a 10
de junho de 2012. Foram muitos os diálogos, rodas de poesia entre escritores e
poetas estrangeiros e brasileiros, especialmente convidados pelo Governo do
Estado!
Houve shows de forró para a “chama” do povão. Foi excitante
ver a jovem platéia, dançando muito forró ao som da zabumba, triângulo e
sanfona, mas o barulho incomodou os palestrantes estrangeiros. Toda a
programação foi gratuita. Além das apresentações na Torre Malakoff, o Fip também
visitou os mercados públicos da Madalena e da Boa Vista, ainda com muito forró ( tradicionais no Nordeste e acontecem durante todo o mês de junho).
Infelizmente, mais uma vez promoveram, com isso, os politiqueiros do nosso
País.
Independentemente,
ainda com disposição, não poderia deixar de registrar aqui o feriadão que
coincidiu com o festival. Como sempre, fiz o que gosto: “ouvir a voz do povo”.
Parti, então, com o Fiteiro Cultural, para o Morro da Conceição levando poesia,
teatro e livros para o novo público. Devo agradecer aos leitores do Morro, sem
os quais não teria força para continuar nesta luta literária que é o
drama do livro ( que corre o risco de desaparecer) e da leitura.
Não sou de recitar poesias, mas em virtude da solidariedade dos leitores menos iletrados, a Rádio Comunitária e Cultural Impacto FM (‘104,1) transmitiu eu declamando Civilidade e Imbecil (Da série “Homens sempre têm Grandes Inimigos Imbecis”):
1 – Civilidade:
Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.
Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
Primeiro é uma consideração
(eu respeito)
as massas precisam aprender.
Vamos pra frente
(eu entendo)
que se alastra, que será resolvido
as idéias claras a respeito.
Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.
Será ignorância?
(eu tenho pena)
calma que silencia.
Minha arma é a caneta
minha tranqüilidade permanece
sem obrigação...
minha tranqüilidade permanece
sem obrigação...
a uma ação, ou comportamento.
Não é de hoje
não cabia.
Deveria.
Não é de hoje
não cabia.
Deveria.
2 – Imbecil:
Ébrios, desempregados,
prostitutas...
Gente sofrida
sem ter escolhido
Ébrios, desempregados,
prostitutas...
Gente sofrida
sem ter escolhido
aquela vida.
Imbecil!
Tua língua ferina
discriminando-os, por quê?
Com o tempo ninguém
te dará atenção.
Imbecil!
Agora diz: Oh, Cristo!
Onde estás
que não me vês?
Ou todos nós, juntos,
somos vós?
Imbecil!
Tua língua ferina
discriminando-os, por quê?
Com o tempo ninguém
te dará atenção.
Imbecil!
Agora diz: Oh, Cristo!
Onde estás
que não me vês?
Ou todos nós, juntos,
somos vós?
E assim terminou domingo com a proposta de incluir no circuito dos
festivais internacionais, como os que acontecem na América Latina e Europa. Infelizmente
o evento não acontecerá mais, como informou o secretário de cultura de
Pernambuco, em entrevista ao Jornal do Commercio. O FIP se consolidou como um
raro festival dedicado à poesia no Brasil. A notícia surge em meio a cortes (como
sempre) no setor cultural do Estado.
1 – Extraído do livro Fiteiro Cultural, pp. 67-8. Edição 2011.
2 – (Fiteiro Cultural, pp. 44-5. Edição 2011).
*
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Intolerância contra a corrupção
Brasília-DF
Intolerância contra a corrupção
*Por José Calvino
Recentemente, alguns colegas e amigos do bairro de Casa
Amarela comentavam
entre si:
- Se você estivesse lá, não comia não? – disse um apelidado
de vereador, em acordos com seus amigos.
- Por isso fica difícil reverter esse quadro e mudar o rumo
do nosso país. Vocês são tolerantes e a favor da corrupção. Ao meu ver, está
existindo uma pequena mudança no nosso
Brasil, no tocante à intolerância contra a corrupção. Os escândalos que estamos
assistindo não são os primeiros e muitos de vocês indo na onda
dos politiqueiros da pior espécie, que querem pegar carona na crise – disse
Azambujanra.
Amigos, concordo em número, gênero e grau com o que meu amigo
Azambujanra disse. Nos outros governos, principalmente nas ditaduras Vargas, ou
Estado Novo e Militar, os regimes eram apoiados pelas classes médias e por
amplos setores das burguesias e essas
mesmas ditaduras regiam uma polícia que agia segundo os regimes, não
respeitando a cidadania da ingente maioria do povo brasileiro (não houve
prisões de amigos milionários e autoridades). A Justiça sempre foi conivente
porque sempre envolvia como beneficiários os poderosos (grupos empresariais).
Cadê o “sem preconceito de raça, cor ou credo”, do Direito Internacional dos
Direitos Humanos, constituído em 1948 pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos? O nosso povo não tem o hábito de ler e relembro sempre que, até hoje,
nenhum governo investiu decentemente na educação, saúde e emprego digno,
resultando disso um povo alienado, que não lê sequer jornal. A televisão no
regime do caudilho gaúcho Getúlio Vargas, não existia e só surgiu durante o
regime militar. Mas, mesmo assim, com uma rigorosa censura, e nos meios de
comunicação havia a figura de um oficial militar controlando o que deveria
publicar no interesse do próprio governo. Hoje, pouco mudou e praticamente o
povo só toma conhecimento quando eles (as autoridades) não podem mais esconder.
E, assim mesmo, atualmente, é como o meu amigo Azambujanra disse: “está tendo
uma pequena mudança no nosso País”.Não é com isso que já reagiram e mudaram, pois
existem ainda as “pequenas corrupções” cotidianas a exemplo de: Jogos de Azar: apostas, loteria
federal, jogo do bicho, bingos, rifas, et cétera. Multar o governo é uma piada
sem graça ou receber através da Justiça gratificação, conforme direito
adquirido por lei. Alguns “líderes” entram em acordo com o governo e abatem valores
sem autorização dos beneficiados pela lei. Um absurdo! Processar as grandes
empresas, a justiça não funciona com imparcialidade, a exemplo de uma
simples marcação de consulta médica:
péssima, arcaica e desrespeitosa. O atendimento hospitalar é ainda pior,
realmente não estão cuidando da saúde do nosso povo. Um exemplo é o Hospital da
Polícia Militar de Pernambuco, que se encontra sucateado, com a maioria dos
reformados e da reserva sendo atendidos
pelo SUS (tirando a vez dos que não têm condições de pagar um plano de saúde).
E, sinceramente, não existe nada mais
inútil do que os “disque-qualquer coisa”do serviço público, diante de se furar
fila, apadrinhamento nos concursos públicos, principalmente em época de
eleições, et cétera.
É o meu papel de escritor e de
cronista social denunciar as injustiças sociais, defendendo a liberdade de
opinião, pois estamos cansados de tantas politicagens. Em minhas observações eu
só vejo o nome de Dilma como alvo de discussão. Mais uma vez relembro que os
três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) há anos estão corrompidos e
que os cidadãos estão reféns dos desmandos de quem deveria defender seus
direitos. O Ministério Público, por exemplo, não vejo até agora resolver nada
que o cidadão manifesta contra o descumprimento
das leis e das “pequenas”
corrupções por parte dos governos Federal, Estadual e Municipal. O que
dirá das “grandes” corrupções por parte das grandes empresas e governo.
No tocante à hospedagem da
presidenta Dilma em Paris, não vejo motivos para criticas, até porque, sempre
os seus antecessores viajaram e se hospedavam, será que era em “puteiros”?
Aliás, acho uma tremenda hipocrisia o que aconteceu ontem, o presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha abrir pedido de impeachment contra a
presidenta Dilma como forma de retaliação ao seu pedido de cassação pelos
colegas parlamentares, enquanto não existe nenhuma prova que a envolva em casos
de corrupção, quando contra ele cascatas de provas se revelam a cada dia. Esse
é um exemplo real de abuso em um poder corrompido.
Se há risco de “vexame
internacional”, com corte de R$ 1,74 bilhão no Orçamento do Poder Judiciário,
que publicou portaria acabando com a votação eletrônica, prefiro finalizar esta
crônica relembrando do panorama político de antigamente, tempo em que os
analfabetos não votavam, havia muitas fraudes eleitorais, muitos
cabos-eleitorais tiravam títulos de eleitor dos analfabetos e votavam por eles
em diversas zonas eleitorais conduzidos pelos seus corruptos candidatos. Os
eleitores alfabetizados escreviam nas chapas o nome dos seus candidatos
preferidos. Nos anos 50, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, a maioria do
eleitorado votou num bode chamado Cheiroso. Foi um sucesso. O município era
conhecido como Moscouzinho devido à sua tendência à política vermelha. Agora para
a eleição de 2016, vamos escrever nas chapas: “sanguessugas” ou “chupa-cabras”.
Mas, como o país está cheio de analfabetos e semi-analfabetos, irão escrever o
quê?
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