Trem fantasma*
Por José Calvino de Andrade Lima
Sonhei com o trem da Gretueste
Passava na então estrada de
Ferro Norte
Hoje Avenida Norte.
Com o apito saudoso da
“Maria Fumaça” (partiste)
Soltava fumaça em desenho
Deixando pela linha afora
Um cheiro saudoso do
carvão-de-pedra
Desfilavam os postes com
seus fios telegráficos
Placas em vermelhos com
letras brancas:
P.N. apite e pare, olhe-escute.
A passagem de Nível
Os maquinistas são
obrigados a apitar
Pois o símbolo antecede um
cruzamento:
Estrada rodoviária com a de
ferro, no mesmo plano (chegaste)
Hoje o trem não passa
O trem que não esqueço
Do Brum ao Arraial,
Nas paisagens verdejantes da
Zona da Mata (passaste)
Quando em 52
Foi desativada a linha férrea
Ficou a estação do Arraial
Esquecida e abandonada
Fantasmagórica
Eu vejo o trem fantasma
A Maria Fumaça arrotando
faíscas de sua fornalha...
É a partida do último trem...
*Folha de Pernambuco – 01/09/2004.
Extraído do livro: “Trem Fantasma"- p.49 - Ed. 2005.
Por José Calvino de Andrade Lima
Sonhei com o trem da Gretueste
Passava na então estrada de
Ferro Norte
Hoje Avenida Norte.
Com o apito saudoso da
“Maria Fumaça” (partiste)
Soltava fumaça em desenho
Deixando pela linha afora
Um cheiro saudoso do
carvão-de-pedra
Desfilavam os postes com
seus fios telegráficos
Placas em vermelhos com
letras brancas:
P.N. apite e pare, olhe-escute.
A passagem de Nível
Os maquinistas são
obrigados a apitar
Pois o símbolo antecede um
cruzamento:
Estrada rodoviária com a de
ferro, no mesmo plano (chegaste)
Hoje o trem não passa
O trem que não esqueço
Do Brum ao Arraial,
Nas paisagens verdejantes da
Zona da Mata (passaste)
Quando em 52
Foi desativada a linha férrea
Ficou a estação do Arraial
Esquecida e abandonada
Fantasmagórica
Eu vejo o trem fantasma
A Maria Fumaça arrotando
faíscas de sua fornalha...
É a partida do último trem...
*Folha de Pernambuco – 01/09/2004.
Extraído do livro: “Trem Fantasma"- p.49 - Ed. 2005.
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