Foto: Firmino Caetano Júnior
Guardanapo
Por José Calvino
A palavra que dá o título a esta crônica é originada do francês
garde-nappe, é uma peça usada à mesa... Bem, foi num restaurante em Casa
Amarela com a minha amiga psicóloga Dilma Carrasqueira e o meu amigo da velha
guarda Azambujanra, que demos muitas risadas ao usarmos os guardanapos. Na
ocasião, muitas reminiscências foram contadas. Conversar com Azambujanra
é chorar de rir, só mesmo conferindo, ele com suas observações
sobre o comportamento do nosso povo.
Perante a lei, ao menos, todos nós somos iguais, mas será mesmo?
Não acredito que no nosso Brasil se tenha uma educação básica que nos prepare
para vivermos felizes da vida. Observo sempre que a maioria dos que nascem
neste país não tem preparo para viver dignamente, e não tem sequer o primário.
Continuo dizendo que a culpa é do governo. Por que, do contrário, será que os
meninos e meninas teriam culpa? Claro que não. Atualmente assistimos no mesmo
bairro policiais militares praticarem arbitrariedade e truculência. Cadê o
respeito à Declaração Universal de Direitos Humanos? Sinceramente, eu sou a
favor da desmilitarização da Polícia Militar, evitando assim a perpetuação do
sistema ditatorial no Brasil. Relembramos que nos (anos 50) existia um guarda
de nome Napoleão Bonaparte, mais conhecido por “Napo”, quando muitos dizem que
a polícia era respeitada. O guarda Napo, por exemplo, era um homem magro, alto,
branco e estava sempre de farda. Nas
folgas, vestia terno branco, gravata e chapéu Prada e era respeitado. Mas, hoje
o nosso guarda não seria respeitado, por que? Como eu já disse na crônica
intitulada “Desemprego”: “(...) com uma juventude desinformada e se drogando
(alcoolismo e outros vícios), quase todos fora da realidade.” Não irei contar
casos demais, até porque já presenciei jovens
cheirando “Loló” publicamente, se dopando e fico preocupado com a
situação do nosso Brasil. Finalizando, pergunto: Será que desse jeito, nos dias
de hoje iriam respeitar o guarda Napo?